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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Apresentação de livro em Vila Nova de Foz Côa revela escritor do século XVII de Torre de Moncorvo

 Botelho de Morais e Vasconcelo nasceu em Torre de Moncorvo em 1670, tendo passado a maior parte da sua vida no estado espanhol. Foi o último português a escrever e publicar em Castelhano. Muito famoso no seu tempo, ficou para a História como sendo o primeiro português a ser nomeado membro da Real Academia de la Lengua Española.


Foi hoje apresentado em Vila Nova de Foz Côa o livro “Botelho de Morais e Vasconcelos, Escritor, Poeta, Hispanista e Latinista” da autoria de Carlos d’Abreu, Emilio Rivas Calvo e Rui Leal Leonardo. O livro é mais uma edição da “Carava Ibérica” e pretende assinalar a comemoração do 350.º aniversário do nascimento do escritor transmontano do século XVII.

Botelho de Morais e Vasconcelo nasceu em Torre de Moncorvo em 1670, tendo passado a maior parte da sua vida no estado espanhol. Foi o último português a escrever e publicar em Castelhano. Muito famoso no seu tempo, ficou para a História como sendo o primeiro português a ser nomeado membro da Real Academia de la Lengua Española.

“Emigrado e integrado na sociedade espanhola, manteve o seu patriotismo e, a prova disso, é que, sempre que havia desaguisados entre os dois estados, considerava indecoroso manter-se do outro lado da Raia, vindo várias vezes para Portugal nessas ocasiões“, refere Carlos d’Abreu, um dos autores do livro.

Em Torre de Moncorvo criou a Academia Literária dos Unidos. Não obstante escrever em Castelhano, os seus livros tratam principalmente assuntos da História pátria, como por exemplo o famoso poema épico “El Alphonso”. Publicou muito, sendo a “Historia de las Cuevas de Salamanca” o seu livro mais conhecido.

“Este nosso livro é o primeiro que dele se publica em Portugal e nele constam 7 obras suas, que verti para a nossa Língua, sendo que uma delas é inédita, escrita em 1691 ‘Panegírico à vida de San Juan de Sahagun…’, e que o colega Rui Leonardo descobriu num arquivo particular de Torre de Moncorvo“, salienta.

Carlos d’Abreu disse ao Notícias do Nordeste que Botelho de Morais e Vasconcelos é um autor que tem vindo a estudar desde há mais de 20 anos e,”só a minha presença num congresso organizado pela Universidade de Navarra e de Coimbra, em 2014, para o qual fui convidado pelo GRISO (Grupo de Investigación del Siglo de Oro) e CLP (Centro de Literatura Portuguesa), realizado em Coimbra, permitiu tirá-lo do olvido junto da comunidade científica. Depois disso já organizei um congresso, com o apoio dessas duas Universidades, em 2018, em Coimbra. Neste momento sinto o dever cumprido porque já há gente dos Estudos Literários a estudá-lo. Faleceu em 1747, cumprindo-se o ano passado o 350.º aniversário do seu nascimento, pretendendo-se com este livro comemorar a efeméride”, disse.

O livro tem a coautoria de Emilio Rivas Calvo, salmantino e o Rui Leonardo, torre-moncorvino, “porque sou adepto da cooperação. E estou muito contente por isso. Foi Vila Nova de Foz Côa que nos acolheu porque Torre de Moncorvo, mais uma vez, desdenhou de Botelho, recusando-se a colaborar no  mencionado congresso e na edição deste livro. Mas Foz Côa é também terra do Botelho pelo lado materno, por isso esteve ele e nós em casa” concluiu Carlos d’Abreu.

“Um apontamento final para reforçar que este não é o fim de um projecto mas, o primeiro momento da divulgação do Corpus Botelheano, em Língua Portuguesa. É também empenho dos subscritores, continuar a pesquisar e recolher as fontes de informação inédita sobre este relevante Autor, injustamente olvidado durante tanto tempo“, lê-se no Antelóquio do livro apresentado hoje em Vila Nova de Foz Côa.

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