sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Hotéis da região com prejuízos avultados devido ao cancelamento de reservas por causa das restrições pandémicas

 As medidas impostas pelo governo de combate à pandemia levaram ao cancelamento sucessivo de reservas em hotéis e alojamentos para a passagem de ano
Nalguns casos nem chegou a haver marcações, devido às restrições implementadas logo no início do mês. Os empresários da região falam em prejuízos avultados. Em Bragança, no hotel São Lázaro, havia um programa para a viragem do ano, mas foi cancelado por não ter procura. Segundo o gerente, Marcel Silveira, as poucas reservas que existem são de pessoas que vêm em trabalho.

“Todas as reservas que eu tinha foram canceladas, depois as pessoas começaram a marcar aos poucos. Não para o réveillon, mas pessoas que vêm trabalhar. Estamos com uma média de 3% de taxa de ocupação”, disse.

Para ficar no hotel e estabelecimentos de alojamento é obrigatório apresentar teste negativo à covid-19, para além do certificado de vacinação. No hotel Grande D. Dinis, em Mirandela, cerca de 100 reservas foram canceladas. O responsável, Rui Patatas, afirma que a exigência de teste negativo afasta os clientes.

“Já nos tem acontecido as pessoas chegarem aqui ao balcão, pedimos o teste ou para fazerem o teste aqui e as pessoas vão se embora. Isto está a afastar um bocado os clientes, porque há pessoas que não querem fazer”, referiu.

No hotel Muchacho, em Macedo de Cavaleiros, o cenário é idêntico. Duarte Pinto, proprietário do estabelecimento, diz que as medidas restritivas não vêm em boa altura, visto que a passagem do ano era sinónimo de facturação.

“É sempre uma boa altura para facturar, nem tanto no Natal, porque é um bocado mais com a família, mas durante a passagem de ano nós tínhamos sempre uma boa ocupação e nós estamos a menos de metade do que era expectável em condições normais”, afirmou.

Junto à fronteira, em Miranda do Douro, nem os espanhóis procuram os alojamentos nesta altura. Paula Domingues é proprietária de um alojamento local e admite que devido às restrições nem reservas teve.

“As reservas este ano têm sido sempre em cima da hora, mas agora não há reservas, não há gente, não há ninguém”, frisou.

Alguns alojamentos locais nem sequer chegaram a abrir tendo em conta a evolução da pandemia. Os empresários mostram-se revoltados com os prejuízos ou não facturação provocados pelas medidas de combate à pandemia.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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