Ponte Engenheiro Machado Vaz e Ponte Velha na cidade de Mirandela precisam de obras no prazo de três anos

 Não uma, mas antes duas das três pontes da cidade de Mirandela precisam de obras de reparação no prazo máximo de três anos, avança o relatório de uma empresa especializada a quem o Município de Mirandela contratualizou a inspecção a 21 pontes existentes no concelho

A ponte Engº Machado Vaz, mais conhecida por Ponte Nova, inaugurada em 1970, que permite o acesso rodoviário e pedonal às zonas habitacionais das duas margens do rio Tua e ao acesso Oeste da Auto Estrada Transmontana A4. 

Esta informação já tinha sido avançada, oficialmente, pelo Município, no início de Março. Mas também a Ponte Velha, actualmente apenas com acesso pedonal, que foi edificada no século XVI e alvo de várias intervenções e reconstruções ao longo dos tempos, precisa agora de uma intervenção. O relatório revela que as duas pontes apresentam várias deficiências nas estruturas que suportam os tabuleiros. Aliás, sobre a ponte nova, o relatório chega mesmo a dizer, e citamos: “não é aconselhada a utilização da ponte em eventos envolvendo o atravessamento de grandes fluxos de peões, nomeadamente, provas desportivas com corrida, sem que tais efeitos sejam devidamente avaliados”, fim de citação. Numa escala de 1 a 5 - sendo que 1 representa um estado muito bom e 5 muito mau - a ponte velha está no nível 4 e a ponte nova no nível 3. A presidente da câmara de Mirandela adianta que para a ponte velha já está em andamento o projecto de execução das obras, que vai custar cerca de 800 mil euros, e posteriormente será a vez da intervenção na Ponte Nova que se estima venha a custar mais de um milhão e meio de euros. Ainda assim, Júlia Rodrigues faz questão de adiantar que não há razão para alarme.

“Não existe perigo eminente, existe sim a necessidade de trabalhar em estudos técnicos e avançar rapidamente com o projecto de execução, que já foi feito para a ponte românica e vai ser agora feito para aponte Engenheiro Machado Vaz, no sentido da execução a obra”, sublinhou.

Para já, na ponte nova, como medida preventiva, vai ser interdita a circulação de viaturas com mais de 30 toneladas, o que acontecerá nos próximos dias, mal esteja pronta a sinalética que o Município já contratualizou por ajuste directo. Entretanto, tal como há um mês, continua por definir quem será a entidade responsável por suportar os custos das obras. Júlia Rodrigues entende que no caso da ponte nova terá de ser a IP e no caso da ponte velha a responsabilidade deverá ser assumida pelo Ministério da Cultura.

No caso concreto da ponte nova, que fazia parte do trajecto da antiga Estrada Nacional 15, que foi desclassificada em 1995, passando a estrada municipal, a autarca de Mirandela adianta que na altura foi assinado um protocolo entre o Município e a IP que previa a inclusão da ponte nessa desclassificação, mas a troco de uma compensação financeira, na altura, na ordem dos 75 mil contos, que Júlia Rodrigues alega que não existe qualquer prova documental de que essa transferência tenha sido feita.

Escrito por Terra Quente (CIR)