Esta é a primeira edição da iniciativa, que junta os três municípios transmontanos, que viram aprovada uma candidatura conjunta para dinamizar o território.
Segundo o coordenador do projecto, João de Medina, o festival apresenta-se como uma proposta inovadora, que tem por base a coprodução e itinerância de espectáculos focados em elementos identitários de Trás-os-Montes, envolvendo a participação da comunidade e de grupos culturais locais.
“Numa fase inicial estávamos a tentar trazer para a candidatura elementos como o património imaterial, o património natural e construído. No imediato nos surgiu as necessidades de abranger outros territórios de Trás-os-Montes e achámos que seria uma candidatura bastante completa se tivéssemos representados municípios do planalto, da terra fria e da terra quente. Vinhais, Miranda e Macedo respondem a este desafio e começámos a pensar neste conceito de simbiose, vamos misturar os diferentes patrimónios e quisemos trazer diferentes artes performativas”, sublinhou.
Artur Marques, vereador da câmara de Vinhais, município onde foi, ontem, apresentado o festival, salienta a promoção do vasto território.
“O objectivo é promover o território e fazer esta geminação entre concelhos, promovendo a parte cultural também a dinamização das associações locais, dando a conhecer tudo o que se faz no nosso território a quem nos visita. Este festival é audaz e muito ambicioso”, sublinha.
O Festival Simbiose vai homenagear elementos culturais únicos da região, como as máscaras e caretos, os cantares e rituais, os bombos, os gaiteiros e os pauliteiros.
Contará com o Folia, que é produzido pela Ondamarela. Ricardo Baptista, desta empresa, explica que este é um espectáculo que parte de um trabalho com as comunidades locais, que prevê a composição, ensaio e apresentação de música criada especificamente para e sobre este território e conta ainda com uma banda local de renome...
“É um projecto mais na área da música, mas também cruza com o vídeo, o movimento a dança e a cenografia. Vai montar um espectáculo que vai ter a participação dos Galandum Galundaina e que vai itinerar pelos três municípios”, afirmou.
Ana Carvalhosa é da Circolando, entidade responsável pelo Nordeste. Este espectáculo, que envolve teatro, dança, vídeo e música também está a ser desenvolvido com a ajuda das comunidades locais, estando previsto um trabalho múltiplo com vários grupos.
“Tem sido uma grande descoberta, tanto do território e da riqueza que aqui existe, em territórios para nós desconhecidos, e está a ser muito interessante ver a reacção das pessoas das associações, há muito tempo que estavam paradas e têm tido uma abertura enorme”, adiantou.
O festival é apoiado pelo Programa Norte 2020, sendo que cada município recebeu 75 mil euros para o concretizar. As iniciativas, a decorrer nos três concelhos, começam já no dia 23 deste mês e prolongam-se até Setembro.
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