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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Campanha da castanha atrasada e ainda uma incógnita em Vinhais

 A campanha da castanha está atrasada e ainda “é uma incógnita” em Vinhais, no distrito de Bragança, embora a expectativa seja de quebra na produção no concelho transmontano que é dos maiores produtores nacionais deste furto seco.


O ponto da situação é feito pela Arbórea, a principal organização de produtores florestais do concelho onde, nesta época do ano, já deveria estar a acabar a apanha de algumas variedades e a iniciar a das tardias.

Devido à seca, o desenvolvimento do fruto está atrasado e os ouriços tardam em abrir, o que leva o presidente da Arbórea, Abel Pereira, a antever que a campanha, que leva três semanas de atraso, “deve arrasta-se até dezembro este ano, quando normalmente terminaria a 20 de novembro”.

O dirigente receia que haja castanheiros centenários, nalgumas zonas, onde a castanha não vai vingar, devido ao reduzido desenvolvimento do ouriço e consequente da manutenção das temperaturas altas, e que os produtores venham a ter castanha com bicho e rachada, que o mercado não aceita.

As chuvas do início de setembro ainda derem alguma esperança aos produtores, mas neste momento a única certeza é a de que “a campanha está atrasada e ainda é um incógnito”, como salientou.

Neste setor, segundo disse, ao contrário da lei do mercado, menos oferta, ou seja, menos castanha, não é sinónimo de que seja mais bem paga.

Abel Pereira deu o exemplo da castanha híbrida que está a cair (já em condições da apanha) e que está com um preço mais baixo do que no ano passado.

O presidente da Arbórea concretizou que está a ser paga ao produtor “à volta de dois euros o quilo”, enquanto o que seria normal é nesta altura “rondar os três euros”.

O concelho de Vinhais colhe cerca de oito mil toneladas de castanha e num ano bom fatura entre 12 a 15 milhões de euros, sendo que uma faturação anual abaixo dos 10 milhões de euros é considerada “um mau ano”.

Neste concelho há dois mil produtores com realidades distintas, alguns a faturarem 500 euros e outros entre 100 a 150 mil euros por campanha, todavia a castanha é a principal fonte de rendimento deste concelho com menos de oito mil habitantes.

Entre “50 a 60 mil pessoas” é o número esperado de visitantes para a feira da Castanha de Vinhais, que já se tornou num chamativo, apenas superado pelo tradicional fumeiro, e que este ano decorre entre 28 e 30 de outubro.

Devido ao atraso da castanha, a feira, que costumava decorrer anualmente em outubro, este ano foi adiada para o fim de semana dos Santos, segundo o presidente da Câmara, Luís Fernandes.

A autarquia é a promotora do certame, em parceria com a associação Arbórea, e afirma que “está garantido” que vai haver castanha na feira.

O autarca espera que ainda seja possível minimizar alguma quebra, mas acrescenta que ainda é cedo para dizer “algo sobre a produção”.

A feira surge este ano com a novidade da aposta na denominação “Vinhais a Terra da Castanha Longal”, um processo iniciado pela autarquia para valorizar esta variedade que é autóctone do concelho.

À semelhança do que aconteceu com a certificação do Fumeiro de Vinhais, o município espera que este processo da castanha também resulte numa mais-valia para os produtores.

Nos três dias da feira em torno do fruto seco, é esperada a ministra da Agricultura na abertura e mais de 100 expositores com castanha e outros produtos da terra.

O evento é feito com um investimento entre “80 a 90 mil euros”, de acordo com o município que promete negócios, animação, magusto permanente no “maior assador de castanhas do Mundo”, jornadas técnicas, chegas de touros, entre outras atividades.

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