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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Câmara de Mirandela pede ao governo apoio financeiro para os olivicultores do Concelho

 A Câmara Municipal de Mirandela reivindica atribuição de um apoio financeiro direto compensatório aos produtores, em moldes a definir de acordo com a opinião dos responsáveis pelas organizações do setor e dos serviços oficiais com competências na matéria.


A Câmara de Mirandela vai pedir ao governo apoio financeiro para os olivicultores do Concelho e da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, devido à significativa quebra de produção de azeitona registada na campanha de 2022.

A autarquia aprovou a proposta do Conselho Municipal de Agricultura para solicitar ao Governo de Portugal a adoção de medidas, com caráter de urgência, de ajuda aos olivicultores do Concelho e da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A Câmara Municipal de Mirandela reivindica atribuição de um apoio financeiro direto compensatório aos produtores, em moldes a definir de acordo com a opinião dos responsáveis pelas organizações do setor e dos serviços oficiais com competências na matéria.

A autarquia fundamenta este pedido de apoio financeiro porque a fileira do olival e do azeite constituem, reconhecidamente, a base da economia local e regional, ocupando direta ou indiretamente, cerca de 90% da população do concelho. por outro lado, a agricultura familiar, neste território de baixa densidade populacional, representa 97% do número total de explorações agrícolas, originando mais de 40% do Valor da Produção Total, o que se traduz num determinante fator de fixação de população, de desenvolvimento socioeconómico e de contributo para a sustentabilidade ambiental do concelho e da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

A produção de azeitona no concelho de Mirandela, quase na sua totalidade proveniente de explorações de olival de cultivares tradicionais, em média atinge cerca de quatro mil toneladas e gera mais de catorze milhões de euros, o que representa aproximadamente 25% de toda a produção da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Na última década (2009-2019), segundo dados oficiais (DRAPN), no concelho de Mirandela, a área ocupada com olival aumentou 20% – de 14.180,75 ha para 17.018,60 ha – e o número de explorações também subiu de 3.661 para 4.102, revelando um nítido crescimento económico da olivicultura no concelho, com uma forte aposta e dinâmica, sobretudo da parte de jovens empresários agrícolas.

O incremento na qualidade dos produtos finais – azeitona e azeite –, comprovado pelos inúmeros prémios obtidos em diversos concursos nacionais e internacionais, tem promovido o reconhecimento de Trás-os-Montes e Alto Douro e, em particular, do concelho de Mirandela, como uma região de produção de azeites de excelência. Este reconhecimento fomenta o aumento das exportações para diferentes mercados, destacando-se o Brasil, Estados Unidos da América, França, Polónia, entre outros.

Apesar do dinamismo da fileira, o setor vive momentos complicados, que se prendem principalmente com os efeitos da seca severa que ocorreu neste ano e pela escassez de estruturas de regadio que permitam mitigar a falta de pluviosidade, pelo forte aumento dos preços dos fatores de produção e, mais recentemente, pelo aparecimento na região de patologias associadas à bactéria Xylella fastidiosa.

Na região transmontana, com a campanha praticamente a terminar, podemos afirmar, nesta data, que a produção média de 14 mil toneladas de azeite ficará pelas 7 mil toneladas, o que representa uma quebra de produção de 50% em média, embora haja concelhos onde ultrapassa 70%.

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