ANTÓNIO MALHEIRO DA CUNHA, natural de Bragança, filho de Baltasar de Morais Sarmento, fidalgo da Casa Real e cavaleiro da Ordem de Cristo.
Neto de Rodrigo de Morais Sarmento.
Fidalgo-cavaleiro por alvará de 18 de Abril de 1694(148).
Fidalgo-cavaleiro por alvará de 18 de Abril de 1694(148).
Família Mendes
«Mui frequente foi o apelido Mendes em muitas familias nobres assim em esta cidade como em outras terras de provincia que se derivou, e em todas ha tradição se continuava de Fernão Mendes de Bragança, e deste solar pretendem ter a sua origem. Em o ano de 1344 foi juiz desta cidade [Bragança] Martim Mendes que tinha título de vassalo del-rei, e consta de um instrumento do Arquivo da Camara da era de 1382, que tem nº 3 no qual Martim Mendes, e Nuno Martins juizes, e vereadores, Lourenço Martins, Afonso Anes, estes tinhão título de vassalos, Antonio Martins, vereador, Gomes Lourenço, procurador, Domingos Anes, Pedro Martins de Alcaniças, Mem Domingues,Pedro Rodrigues,Alvaro Rodrigues,todos estes cavaleiros, Gonçalveanes, Garcia Lopes e outros homens bons elegerão procurador a João Rodrigues, e Estevão Pires, vassalo del-rei para irem ás Cortes de Santarem dar homenagem que tomou o infante D. Pedro em nome da infanta D. Maria, sua filha, por ordem del-rei D.Afonso 4º, seu avô.
Dos Mendes desta cidade passou um ramo para a vila do Vimioso, e consta de uma sentença do Arquivo da Camara, que tem nº 16 e deo o Senhor D. Afonso primeiro Duque em 1454 a favor de Rodrigo Aires e João Afonso, escudeiros, porque o concelho lhe impedia tapar uma herdade junto do rio Fervença, por cima da ponte de Quintela, (hoje se chama das Ferrarias) e diz se juntara uma carta del-rei D. João Iº de queixa que lhe fes Joane Mendes, de Bragança, vassalo del-rei, porque o concelho intentava tirar-lhe a posse da mesma herdade, que dizia fora já de seo avô Estevão Anes, que é o Estevão Anes de Bragança, de que fala o Conde D. Pedro, título 38, e a venderão ao dito Rodrigo Aires e João Afonso, Rui Vasques, e sua mulher Isabel Mendes, e seo irmão Estevão Mendes e mulher Catalina Mendes, que moravão no Vimioso, dos quais descende a nobreza daquela vila.
Em esta cidade se conservou uma casa nobilissima com o apelido de Mendes até D. Filipa Mendes, senhora da famosa quinta do Vilar(149), que tem quarenta visinhos, e porque ficando viuva de Gaspar Jorge Carneiro, filho do Doutor Francisco Jorge, desembargador do Paço, o que instituiu o morgado que hoje possue o alcaide-mor Lazaro de Figueiredo Sarmento, por não ter filhos, fes dela doação ao Colegio da Companhia desta cidade, quando se fundou. Deste apelido se não uza já nesta cidade» (150).
Família Morais e Castro
1º BENTO DE MORAIS E CASTRO, natural de Bragança, filho de Gregório de Castro de Morais, fidalgo da Casa Real.
Neto de Gregório de Castro Morais.
Fidalgo-cavaleiro por alvará de 12 de Junho de 1690(151).
2º ANTÓNIO MANUEL GUALBERTO DE MORAIS E CASTRO PEREIRA DE SÁ
SARMENTO, natural de Bragança, filho de Bernardo Baptista da Fonseca e Sousa, fidalgoda Casa Real. Neto de Domingos Pires Aires. Fidalgo-cavaleiro por alvará de 25 de Agosto de 1788(152).
Família Morais Leite
ANTÓNIO DE MORAIS LEITE, tenente de infantaria, filho de Francisco de Morais Leite, cidadão de Bragança, instituiu, em 1721, um morgadio.
Casou com D. Maria de Morais, que, depois do seu falecimento, administrou o morgadio como tutora de seus filhos(153).
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(148) Livro 8 das Mercês de El-Rei D. Pedro II, fol. 357, in Dic. Aristocrático.
(149) Deve ser Vilar do Monte, concelho de Macedo de Cavaleiros.
(150) BORGES, José Cardoso – Descrição Topográfica da Cidade de Bragança, notícia X, fol. 210 v. (mihi).
(151) Livro 9 das Mercês de El-Rei D. Pedro II, fol. 57 v., in Dic. Aristocrático.
(152) Livro 24 das Mercês da Rainha D. Maria I, fol. 167, in Dic. Aristocrático.
(153) BORGES, José Cardoso – Descricão Topográfica da Cidade de Bragança, notícia XI, «Dos Morgados», § 33, fol. 324 (mihi).
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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