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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Hernâni Dias garante que “ninguém meteu dinheiro ao bolso”, na recente polémica sobre a empreitada de ampliação da Zona Industrial de Bragança

 Segundo o relatório do LNEC e conforme também diz Hernâni Dias, atual secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, há também obras que não estavam previstas e foram executadas mas não faturadas. Ou seja, o ex-presidente diz que tudo isto se tratou de uma falha administrativa. Não se passou para o papel aquilo que aconteceu entre trabalhos que não foram feitos mas se faturaram e os que foram feitos e não se faturaram.


“Os técnicos do município, administrativamente, não fizeram o registo corretamente porque não registaram a redução dos volumes de trabalho de determinados artigos constantes do caderno de encargos, mas fizeram outros trabalhos que não estavam registados. Eu volto a referir, e quero frisar, que esta foi uma questão administrativa, do ponto de vista do registo nos documentos, e que, entretanto, com a intervenção do LNEC, veio, numa fase posterior, a ser completamente regularizada. Dizer-lhe que não houve ninguém a meter dinheiro ao bolso”, vincou o ex-autarca.

Segundo explicou, o que foi feito a mais e não se previa, naquela obra, teve a ver, essencialmente, com movimento de terras. Com isto, segundo Hernâni Dias, não houve necessidade de fazer outros trabalhos, que estavam em projeto, e que, foram faturados. São estes trabalhos a mais e a menos que não foram corretamente registados. A questão foi corrigida após o relatório do LNEC:

“Face à orografia do terreno que era muito inclinada, deveria haver um reperfilamento, isto é, haver uma subida de cota dos arruamentos para ser mais fácil a circulação das viaturas pesadas e ao mesmo tempo os próprios lotes estarem com uma cota mais próxima da cota do arruamento. Portanto, a subida dos arruamentos obrigou a que, por exemplo, os muros que havia de betão e até a separação dos vários lotes, não houvesse necessidade de ter muros tão altos e também nos muros de gabiões, também não houve necessidade de fazer muros tão altos. E esta foi a grande diferença de valores que esteve subjacente a esta diferença entre os trabalhos a menos e os trabalhos a mais que foram realizados”, explicou.

Hernâni Dias percebeu, em 2017, que a relação pessoal entre os dois fiscais da obra, técnicos do município, estava tremida. Depois, em 2019, surgiram publicações, nas redes sociais, que levantavam suspeitas sobre a empreitada. E foi aí que o próprio ex-presidente pediu ao Ministério Público que se averiguasse se existiria alguma ilegalidade e solicitou esta investigação ao LNEC. Hernâni Dias demorou dois anos a fazer estes pedidos porque, segundo esclareceu, acreditou que estava tudo a decorrer na sua normalidade. O tema veio agora a público e pode haver vários objetivos.

“Posso estar aqui a tentar imaginar alguma razão, mas provavelmente haverá. Recordo que eu neste momento tenho um cargo no governo, as pessoas são livres de fazerem aquilo que entenderem e provavelmente haverá também outros objetivos que não necessariamente o esclarecimento de tudo aquilo que aconteceu nesta empreitada”, rematou o Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território.

O relatório que o LNEC emitiu em 2020 diz que o valor final da empreitada apurado é de dois milhões 675 mil euros, valor que difere daquele que os técnicos da câmara alegavam dever ser o praticado, ou seja, dois milhões 896 mil euros. Em resposta, foi emitido um relatório da auditoria da câmara à empreitada, em que se lê que o valor adequado seria aquele que já se tinha apurado, não deixando obviamente de “concordar” na “necessária correção e regularização processual das não conformidades e demais recomendações apontadas no relatório da auditoria” do LNEC. O laboratório, depois, emitiu um aditamento ao relatório de 2020. Analisou o contraditório da câmara e esclareceu que atendia, na globalidade, aos comentários apresentados, por estes se enquadrarem nas análises efetuadas pelo LNEC e não contradizerem o que foi possível ser visualizado na auditoria que o laboratório de engenharia realizou.

INFORMAÇÃO CIR (Escrito por Rádio Brigantia)

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