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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Agentes turísticos locais fazem um balanço negativo da época balnear nas praias do Azibo, em Macedo de Cavaleiros

 Há uma quebra no números de visitantes e turistas na ordem dos 30 a 40 por cento, no balanço da época balnear, nas duas Praias Fluviais da albufeira do Azibo, situadas em Macedo de Cavaleiros.


Esta é a opinião de dois empresários que fazem a exploração de dois espaços de restauração, próximos dos espaços de lazer.

Paulo Carvalho, que é o concessionário do Bar da Praia do Azibo, há quase 15 anos, e este ano deu trabalho a cerca de 10 pessoas, menos do que o ano passado, porque não teve tanta afluência.

O proprietário assegura que teve uma quebra de 30 a 40% de clientes este ano, na Praia da Ribeira, e em parte culpa a instalação do pórtico, com a implementação da taxa ecológica, que aconteceu no início do mês do ano passado:

“Correu mal, foi muito fraco. É aquilo que eu acho, que correu mal. Não veio muita gente.

Agora, qual foi o motivo de não terem vindo? É um bocado subjetivo, não é? Pelo menos do nosso lado e daquilo que me compete a mim falar, pode ter a ver também com os pórticos, que havia muita gente a chegar à entrada e virar para trás. Aquilo que aconteceu este ano, muita gente chegar à entrada e ir embora. Ou, talvez no dia seguinte já não voltaram. Pessoas que vinham para ver, chegavam ali e iam embora, não sei. Não é muito, não sei mesmo o que teria passado. Mas as expectativas ficaram muito abaixo. ”

E também acrescenta que não está contra a instalação do mesmo, só não concorda com a sua localização:

“A medida importante a implementar seria a colocação do pórtico em locais próprios e adequados.

Até mesmo os próprios agricultores vão para as suas terras, tem que chegar ali e ter um comando para abrir o pórtico. Agora, os pórticos deviam estar colocados, já disse isso, desde a altura que foram colocados, deviam estar colocados, em parques próprios e não numa visita a uma praia, numa pessoa vai dar uma volta, e ter que pagar só por ir visitar. Ou só para ir tomar um café, ou por ir ver.”

O empresário com atividade em restauração há 30 anos, reitera que na sua opinião o pagamento na praia não faz qualquer sentido:

“Entrar num espaço público e ter que pagar, para mim, acho que não faz sentido nenhum. Faz sentido e eu sempre disse, que deviam pôr a pagar, ou seja, que era uma rentabilidade para a Câmara. Por isso, para mim, não é retirar dos pórticos, seria a colocação dos pórticos em locais próprios, em parques de estacionamento adequados para isso, aí concordo.”

E ainda deixa um alerta:

“Eu disse o ano passado, que nós iríamos sofrer este ano, e nos outros consecutivos. Este ano, já começou e para o ano, se não fizerem nada, vamos ter o Azibo a zero.”

Também como crítica disse que relativamente à manutenção dos espaços verdes, garante que a relva não foi cortada durante o mês de agosto. Também destaca que na região há cada vez mais alternativas e esse também é um dos motivos pelos quais se registam menos visitas.

Também fomos ouvir a opinião de Filipe Pinto, proprietário de um espaço de restauração situado, na Praia da Pegada, que culpa a fraca adesão de veraneantes, pela notícia veiculada relativa à presença da E.coli na água que afugentou os visitantes:

“Foi um ano atribulado. Porque começamos mal. O julho foi fraco. E o agosto começou muito mal pelas notícias que acabaram por influenciar a vinda de turistas ao nosso território e penalizou bastante o turismo no Azibo. E também no alojamento foi refletido.

Os turistas não sentiram confiança para virem e com tanta notícia a falar mal das nossas águas.

As pessoas acabaram por se afastar e na incerteza de chegar aqui e ter que voltar para casa, muitos não vieram. O problema é que essa notícia acabou por influenciar o mês de agosto todo.

Recebemos muitos telefonemas ao longo do mês a perguntar se a água estava em condições para os banhos. E se não havia nenhum problema, se podiam vir ou não. Houve sempre essa incerteza. Ou seja, a boa informação tem dificuldade em chegar, mas a má informação chega rápido e dura muito tempo, e depois é difícil combatê-la.”

Também acrescenta que esta época balnear foi atípica e “que o Azibo não é alheio à crise mundial que se faz sentir”:

“As primeiras duas semanas foram muito fracas, comparativamente com o ano anterior, mas no geral, ou seja, faz-se sentir a crise que atravessa o mundo todo, e está se a fazer sentir, também na economia nacional. As pessoas estão mais encolhidas, têm menos poder de compra, e houve muito menos turistas, muito menos mesmo, e o Azibo não é exceção. Tivemos uma época mais fraca e atípica, e o que aconteceu com as águas, com a contaminação suposta da água, acabou por influenciar aqui o negócio.”

Já no ano passado, estes dois empresários asseguravam que houve diminuição no número de turistas, apesar de Filipe Pinto, garantir que teve uma boa época de vendas.

Este ano, também se sentiu a menor afluência de turistas, com menos emigrantes e visitantes.

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