Com este protocolo, assinado a 28 de Julho, “a Palombar e o município vão colaborar para promover ações conjuntas de conservação do tartaranhão-caçador no município”, explicou a associação em comunicado.
O tartaranhão-caçador, também conhecido como águia-caçadeira, é uma ave que nidifica no solo em áreas abertas. Segundo o primeiro censo nacional da espécie realizado em 2022-2023, a sua população encontra-se em declínio acentuado nos últimos 15 anos e está atualmente em risco de desaparecer.
Desde 2024 que está no terreno o projeto LIFE SOS Pygargus, que está a aplicar acções urgentes de conservação desta espécie. É precisamente no âmbito deste projeto que foi assinado o protocolo.
Além da monitorização e conservação, este protocolo prevê atividades de planeamento, divulgação, sensibilização e educação ambiental ao longo da duração do projeto.
“O foco é a monitorização e proteção dos casais e ninhos de tartaranhão-caçador no território do concelho, durante a época de reprodução, que decorre entre março e agosto.”
O LIFE SOS Pygargus está a ser implementado em 49 Zonas de Proteção Especial da Rede Natura 2000 e áreas adjacentes em Portugal (23) e Espanha (18 na Estremadura, três na Galiza, quatro em Castela e Leão e uma em Madrid), que albergam a maior parte das populações portuguesas e transfronteiriças de tartaranhão-caçador. “Estas áreas são essenciais para a sobrevivência e expansão da espécie e para assegurar a conectividade da Rede Natura 2000.”
O projeto – que tem 17 parceiros, dos quais 13 são entidades portuguesas e quatro são espanholas – pretende assegurar, a médio prazo, uma recuperação significativa da população de tartaranhão-caçador, valorizar práticas agrícolas mais sustentáveis e aumentar a sensibilização pública para a sua importância ecológica.


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