quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

"Concurso Bebé do Ano" celebra o nascimento de 20 lindos bebés

O presidente da Câmara de Vimioso disse que os apoios à natalidade concedidos em municípios de baixa densidade populacional não são suficientes para travar o despovoamento, mas antes um alerta ao Governo para esta problemática.
Vimioso, celebra a festa do nascimento de 20 lindos bebés no ano de 2017.

"Tomamos esta iniciativa "Concurso Bebé do Ano" para alertar o poder central para a problemática do despovoamento jovem no interior. Por esse motivo, criamos este prémio simbólico para premiar os casais que acreditam que é possível fazer vida nestes territórios, explicou à Lusa, Jorge Fidalgo.

A autarquia de Vimioso, no distrito de Bragança, começou com "incentivo à natalidade" em 2002 com um montante de 500 euros e nos últimos anos dobrou o valor, acrescentando ainda um valor de cerca de 500 euros para a vacinação não comparticipada.

"Quando as autarquias do interior têm de tomar medidas desta natureza, significa que o problema é grave, sendo por isso necessário agir em conformidade, criando politicas a diversos níveis que fixem população jovem. Mas só isto não é suficiente", lamentou o autarca trasmontano.

O autarca defendeu ainda que também o Governo tem de encontrar "fórmulas para fixar casais e apoiar a natalidade em concelhos do interior, à semelhança do que estão a fazer as autarquias".

"A melhoria da rede viária, a criação de melhores condições de saúde, ou a implementação da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano, não é uma responsabilidade da câmara municipal, mas sim do Governo", frisou.

O autarca garante que ao longo destes últimos 15 anos, os sucessivos Governos continuam a olhar para o lado, e as autarquias são chamadas a assumir responsabilidade que não são suas.

"Enquanto este tipo de políticas de discriminação negativa fragilizar os territórios do interior, e em particular o concelho de Vimioso, se mantiveram, obviamente que estamos a travar uma luta muito difícil, mas da qual não vamos desistir", lamentou Jorge Fidalgo.

Agência Lusa

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