Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

AGUIEIRAS - Freguesias do Concelho de Mirandela

Chairos - Aguieiras
AGUIEIRAS é o nome da freguesia mais afastada da sede do concelho de Mirandela a que pertence. Fica a quase trinta quilómetros de distância. Enquanto que, para a Torre de D. Chama são apenas 8! O seu nome deriva de águia, ave abundante nas Serras de Portugal. É constituída por vários aglomerados populacionais, pequenas aldeias, todas próximas umas das outras, e agora ainda mais com o dispersar das habitações que modernamente se gostam de construir com seus terrenos agrícolas em volta. 
São elas, e por ordem quando se circula na estrada Bouça/Vinhais: Pádua Freixo, Ervideira, Casario, Fonte Maria Gins, Soutilha, Chairos, Aguieira e Cimo de Vila. Todas elas se estendem por uma vasta zona planáltica, em encostas de pequenas elevações, no meio da paisagem circundante com altas montanhas e vales fundos em relação à freguesia.
Pela estrada fora, muitas rochas graníticas arredondadas pela erosão do vento e da chuva, parecem ter sido colocadas como peças de museu no meio das parcelas de hortas bem divididas. Muitas casas de campo, já entradas na idade, ajudam a dar sentido e gosto à paisagem.
Muito perto do limite do concelho de Vinhais, as gentes de Aguieiras são receptivas e ornamentam seus campos com culturas hortícolas, mas também cultivam várias árvores, destacando se as cerejeiras e nogueiras.
A actividade essencial em toda a freguesia é a agricultura. Já em 1960 se registavam, num anuário, 20 proprietários abastados, 4 mercearias e 2 professoras. Em 1950 havia na freguesia 875 habitantes, e em 1991 eram 499 os residentes.
No Censo de 2001 havia 374 pessoas, das quais 181 eram homens.
Chairos, lá mais para a fronteira com o vizinho concelho da Terra Fria, fica logo junto à estrada e dá passagem para Aguieira e Cimo de Vila. Em Chairos, devemos indicar a Capela da Sr.ª do Monte onde a Festa por volta de 14 de Agosto é muito concorrida. Dois cafés, a Casa do Povo à entrada, com Posto médico e onde a Junta de Freguesia trabalha por vezes. A Escola Primária e o Largo da Capela. As habitações confundem se no meio dos terrenos de cultivo e das latadas de videiras junto a elas ou aos muros. Logo a seguir há uma pequena subida onde há interrupção de habitações para dar lugar às hortas, e entrase no Largo da Liberdade noutro povoado: a Aguieira. Antes, está uma casa rural bem típica em pedra com dois andares e varanda, e, ao lado, outra mais baixa e térrea com o telhado inclinado de uma só água, e que mostra a data de 1899. Um aglomerado apertado de pouco mais de duas dezenas e meia de casas já muito usadas, muitas vazias e até abandonadas. Dão passagem para o Cimo de Vila com dois moradores e as casas sem ninguém.
Regressando à estrada nacional, vale a pena ir visitar as outras aldeias da freguesia de Aguieiras, pois todas têm a sua particularidade e identidade própria. No entanto, é obrigatório ir até Soutilha, já que é esta a povoação principal. À entrada, depois de passar o Cruzeiro e o cemitério, fica a linda Igreja rústica, com o seu adro. Obriga nos a parar Com efeito, exterior e interiormente, é um monumento de rara beleza pelo conjunto que encerra. No seu interior, as Pias de água benta e baptismal, a talha dourada dos altares e o chão em lajes graníticas, dãonos um carácter de antiguidade e respeito pelo passado local. Por fora, todo o frontal é agradável de se observar, em granito, Torre Sineira central com dois sinos, pináculos laterais, e portal aberto com leves florões. Tem a data de 1729 no meio de uma inscrição na pedra.
Defronte da Igreja e da Porta principal, tendo o adro no meio, está o Portal da Capela de Santa Catarina, mudado do Cabo da povoação para ali. É por lá que se entra no edifício. Esta Capela era particular, da família dos Andrades, ficava lá no Cabo da Aldeia, para Oeste, e foi destruída há cerca de 19 anos, passando as suas pedras principais e ornamentadas, assim como alguns objectos, para a frente da Igreja. No lugar da Capela, foi feito um largo. Para ir ali, passa se pelo Largo Armindo Andrade e pela Rua de Santa Catarina. As habitações dispõem se lateralmente, num amontoado leve e com transmontanismo evidente. O Forno do Concelho fica lá no fim do Povo, e todos lá podem ir cozer o Pão sem nada pagarem. No Largo Armindo Andrade, havia um lagar de azeite que foi desfeito, e os terrenos onde se implantava serviram para construir a Escola Primária. Ali funciona igualmente a pré primária.

Naquele Largo é que se costumam reunir as pessoas para se distraírem, lerem o placar oficial de informações autárquicas, ou acertarem as suas vidas nos momentos de descanso e lazer. Junto da Igreja está a Casa da Junta de Freguesia e um espaço alargado com fontanário e nicho em azulejo. A Fonte de mergulho, de abundante água, situa-se na subida para o Centro da povoação.
A festa principal é em honra de Santa Bárbara, nas imediações da Igreja, e realiza se no 1.° Domingo de Agosto.

In III volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses,
coordenado por Barroso da Fonte.

Sem comentários:

Enviar um comentário