Há aldeias no concelho de Mirandela que não pagam a água que corre nas torneiras de casa, e outras não pagam as taxas de saneamento e resíduos. Também as pessoas que são servidas por furos de água não estão a pagar estas taxas. A denúncia é feita pela presidente da Câmara Júlia Rodrigues, que diz tratar-se de uma situação discriminatória, pois também existe quem esteja a pagar e não usufrua destes serviços.
“Nós temos na faturação da água o seu pagamento, do saneamento e dos resíduos. Como a fatura da água em algumas Freguesias é paga diretamente à Junta de Freguesia, em algumas não e paga mas em princípio seria assim pois é o que está protocolizado. Essas Freguesias não pagam saneamento de resíduos porque também não recebem a fatura. Por outro lado também todas as pessoas que têm furo e que por qualquer motivo não têm abastecimento de água pública também não pagam a taxa de saneamento e resíduos. Existe também outra injustiça que é o facto de muitas pessoas estarem a pagar uma taxa de saneamento e não terem saneamento. Estão a pagar duas vezes: a limpeza da fossa e o saneamento. Temos aqui uma injustiça clara perante todos os Munícipes na utilização de recursos públicos que são suportados pela Câmara.”
A autarca pretende resolver esta situação o mais depressa possível, e que os munícipes sejam tratados de igual forma.
“Tem que haver justiça perante todos os Munícipes e a tendência será cobrarmos melhor mas por outro lado pagarmos todos menos se todos começarem a pagar.
Estamos a falar de algumas Freguesias. Tem que passar a haver um procedimento que torne claro e que implemente essas medidas e que haja uma justiça a nível do concelho para todos os Munícipes e que sejam tratados de igual forma.”
Outras medidas já foram implementadas. A leitura da água na cidade está a ser feita mensalmente, até aqui era feita apenas duas vezes por ano. Nas aldeias é lida de 2 em 2 meses.
Em relação à taxa do lixo, que é paga independentemente de os munícipes reciclarem ou não, a autarca adiantou que será implementado um projecto-piloto em Carvalhais, aldeia urbana do concelho mirandelense, onde haverá essa diferenciação na respectiva taxa de resíduos a aplicar. Quem reciclar paga menos.
Mais uma questão de justiça na utilização dos recursos públicos, pois as autarquias apenas pagam à Resíduos do Nordeste o lixo indiferenciado.
INFORMAÇÃO CIR (Terra Quente FM)
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