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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Encontro de antigos alunos em Macedo de Cavaleiros

Pela terceira vez realizou-se o encontro de estudantes que outrora passaram pela Residência de Estudantes em Macedo de Cavaleiros.
O repórter Rui Costa conta-nos mais sobre este reavivar de memórias:

“Os antigos alunos que passaram pela residência de estudantes de Macedo de Cavaleiros reuniram-se pela terceira vez para recordar os velhos tempos e rever amizades. A residência de estudantes acolheu crianças e jovens de todo o concelho e do distrito de Bragança nos anos 80 início dos anos 90. Neste momento o edifício está fechado, ficam as recordações de quem lá passou como refere Rosário Bragada.

«Primeiro porque começamos a ver o edifício completamente degradado. Criou-nos algum saudosismo e de alguma maneira, provavelmente fez que nós nos lembrássemos dos tempos que passamos ali e começamos a pensar e porque não começar a fazer jantares e começarmo-nos a encontrar. Hoje é muito mais fácil encontrarmo-nos uns aos outros através do Facebook. Ao longo do tempo fomos perdendo rastos uns dos outros e começamos de novo a nos encontrar. Começou o primeiro jantar hà cerca de um ano e meio éramos 8 pessoas, 8 elementos do grupo só. No segundo jantar já éramos 15 e hoje já conseguimos ser 26. Grande parte dos nossos ex-amigos ou ex-residentes, neste momento, são emigrantes. Muitos deles só os conseguimos mesmo encontrar no mês de Agosto, ou por esta altura do Natal, que vêm passar o Natal com as famílias.»

A Rosário esteve na residência em que ano?

«1980 até 1987/88. Essencialmente éramos uma família e é engraçado como é que depois de tanto tempo você consegue recuar para trás no tempo e lembrar-se de histórias como nos lembramos ainda hoje. Aquilo que eram as nossas peripécias, os nossos convívios, os nossos momentos de estudo – que nós tinjamos horas de estudo- e como devia ser difícil manter 80 crianças e adolescentes numa sala concentrados a estudar e em silêncio, isso é que às vezes nos causa alguma espécie.»

Lino Torrão natural do Lombo e Sandra Padrão de Gradíssimo, passaram pela  residência de estudantes. São muitas as recordações.

«Muito boas recordações, muita malandrice, muito estudo, muito companheirismo, muita amizade, festa, muito trabalho, acima de tudo muito companheirismo, muita entreajuda»

«Eu passei lá 9 anos, os melhores da minha vida, eramos todos como irmãos, um por todos e todos por um, espetacular. Eu é primeira vez que participo e adorei rever pessoas que por volta de 20 anos que eu não tinha visto. E foi uma surpresa e foi muito bom, muito bom, muito bom.»

«É muito importante manter-se este tipo de convívio, para o ano iremos ser mais é muito, muito, muito bom rever velhos amigos.»

Quando olham para o edifício que sentem?

«Muita tristeza, foi um sítio que me marcou para a minha vida. Vemos aquilo a degradar-se de dia para dia, principalmente o edifício de espetacular que ele é. Está ali a cair no centro da cidade»

«É uma pena ver um edifício daquele com tanta histórica, com tanto simbolismo estar ao abandono. Aquilo é realmente uma pena.»

Gracinda Carlos é natural de Izeda atualmente trabalha em Luanda, passou pela residência de estudantes de Macedo de Cavaleiros durante 4 anos e realça a importância deste tipo de convívios. 

«Por isso eu gosto destes momentos de partilha exatamente porque conseguimos recordar velhos tempos matar saudades daquilo que todos vivemos. Foi excelente. Atualmente eu trabalho e resido Luanda, Angola. Nesta altura natalícia eu gosto sempre de visitar os meus pais, este encontro com amigos eu acho que é muitos de salutar, sinto uma saudade enorme. Foram tempos muito felizes aqueles que vivemos lá. Boas amizades que se criaram e que se mantém e eu acho que isso é o melhor que nós levamos da vida. E uma coisa que tinha muito bom era o facto de que tinha alunos de várias idades, havia de várias faixas etárias, havia desde a primeira à quarta classe até ao nono ano e 12º. Lidávamos todos, era uma residência masculina e feminina o que eu acho que era muito de salutar, sei lá, são coisas que se vivem e só quem viveu é que sabe como era bom.»

Outrora a residência recebeu alunos não só do concelho de Macedo de Cavaleiros mas também de outras localidades vizinhas, um espaço, uma casa que marcou infância de crianças e adolescentes. O edifício situa-se no Largo dos Segadores em Macedo de Cavaleiros e deixou de funcionar no início dos anos 90.”

A antiga Residência de Estudantes de Macedo de Cavaleiros a ser recordada por quem lá passou.”

Escrito por ONDA LIVRE

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