domingo, 11 de fevereiro de 2018

Terça-feira de Carnaval: Carrazeda de Ansiães vai uma vez mais cumprir a tradição

Na noite de terça-feira de carnaval, pelas 20h00, vai sentenciar a morte do “Pai da Fartura” através do seu rebentamento e depois de “rezados” todos os “responsos” de uma sátira rimada que sintetiza as críticas sociais aos acontecimentos de um ano inteiro.
O “Rebentamento do Pai da Fartura” é uma tradição secular que o município de Carrazeda de Ansiães, em colaboração com a associação local de Zíngaros, faz questão de manter e incentivar. 

Trata-se de um ritual pagão muito característico e que se insere no âmbito dos “enterros de entrudo” que se realizam um pouco por todo o país. Em Carrazeda de Ansiães, o entrudo assume a personificação do “Pai da Fartura”, uma figura picaresca que durante o dia desfila e diverte o carnaval da vila numa postura airosa e bem-disposta, para depois, logo que entrada a noite, ser julgado e condenado a um rebentamento pelos populares que ocorrem à parte antiga de Carrazeda para assistirem a esta manifestação.

Este ato tem um carácter simbólico e está de acordo com o calendário religioso da época, uma vez que coloca fim ao período de folia que marcou os festejos carnavalescos, porque os dias que se seguem serão de maior contensão, numa preparação do espirito para a época quaresmal que antecipa a Paixão de Cristo.

O “Pai da Fartura”, é um ato que todos os anos traz centenas de pessoas ao fundo de vila de Carrazeda de Ansiães para ouvir as quadras satíricas e acompanhar o “Pai da Fartura” ao veredito final. 

Mas o Carnaval de Carrazeda de Ansiães não se esgota no “Rebentamento do Pai da Fartura”. Durante a tarde de terça-feira, vinte e cinco associações e instituições locais vão dar vida a um animado corso carnavalesco que durante cerca de duas horas vai percorrer as principais artérias da vila duriense. 

Um carnaval que se tem afirmado ao longo dos últimos anos como genuíno, autêntico, alegre, folião e bem-disposto, onde ainda se pode encontrar os tão característicos gigantones e cabeçudos sempre acompanhados pelos bombos e caixas de música tradicionais.

in:noticiasdonordeste.pt

1 comentário:

  1. Sou Carrazedense. Força. É preciso manter e reforçar as tradições. José Teixeira, Fátima.

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