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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Setor apícola com consequências graves na produção devido à seca e aos incêndios

Os efeitos da seca têm prejudicado o setor apícola, e, em alguns casos, o prejuízo é já superior ao lucro.
Quem o diz é André Vaz, presidente da Associação de Apicultores Serra e Montemé – a Seita da Abelha, de Macedo de Cavaleiros, que não prevê um bom ano para o setor.

“O que pode acontecer é mantermos o que está a acontecer agora, que é em vez de a apicultura ser uma fonte de rendimento, ser um investimento. Os apicultores e a nível Nacional e da Península Ibérica devido ao ano atípico que foi o ano 2017 estamos a investir em muito mais dinheiro em alimentação artificial nas abelhas. Estes animais no período em que deviam estar a produzir para nós estão a ser alimentadas para evitar que morram à fome. As perspectivas que há para este ano face à falta de pluviosidade que tem ocorrido aumenta a preocupação dos apicultores que vão ter que investir cada vez mais e gastar dinheiro e investir mais na alimentação para evitar que os enxames morram.” 

Além da seca, também os incêndios deixaram rasto na produção de mel.

O próprio presidente daquela associação de apicultores foi um dos lesados com 97 colónias de abelhas destruídas pelas chamas, o que, fora outras perdas no apiário, deixou um prejuízo na ordem dos 50 mil euros.

Do Governo não recebeu qualquer apoio financeiro, pois, considera, são medidas que além de insuficientes, estão desajustadas à realidade do país e, por isso, têm de ser revistas.

“Os apoios são insuficientes e na nossa opinião estão um pouco desajustados à realidade Nacional. Temos medidas, nomeadamente do Restabelecimento do Potencial Produtivo do PDR 2020 que vem ajudar os apicultores mas não ajuda todos por igual. É verdade que há uma ajuda aos apicultores das zonas afetadas pelos grandes incêndios, no entanto, todos os outros afetados dos outros incêndios não são contemplados. Houve, efetivamente, um apoio que foi a alimentação animal e aí, sim, a tutela juntamente com a FNAP fizeram distribuição de açúcar para a alimentação do efetivo apícola. Apelamos à tutela que olhe para a apicultura como um setor com a importância que tem na agricultura e quando saem estes medidas que tenha uma visão mais lata.”    


Declarações à margem das XIV Jornadas da Macmel e VI Seminário de Apicultura que aconteceram no sábado em Macedo de Cavaleiros e continuam a atrair muitos interessados de vários pontos do país e não só, como refere Francisco Rogão, da organização.

“Havia aqui gente de todo o país. Lisboa, Setúbal, Porto, veio gente de Espanha. Entre toda a gente aqui estava talvez apenas umas oito ou dez eram aqui do concelho de Macedo. Vieram cerca de 200 pessoas e quase a totalidade que era de fora portanto aí está a prova de que este tipo de eventos atrai muitas pessoas.”

Um dia dedicado à apicultura com workshops e palestras orientados para o aperfeiçoamento das técnicas e logísticas associadas à produção de mel.

Escrito por ONDA LIVRE 

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