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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

D. António Montes - Bispo cessante faz balanço de dez anos à frente da diocese


D. António Montes
O «desafio fundamental« da diocese de Bragança-Miranda, que hoje conheceu um novo bispo, padre José Manuel Cordeiro, deve ser a valorização dos sacramentos «como atos religiosos», afirmou hoje o prelado emérito, D. António Montes Moreira.
O bispo que esteve à frente da diocese transmontana entre 2001 e 2011 salientou esta manhã à Agência ECCLESIA que “frequentemente os sacramentos são vistos mais numa perspetiva social do que religiosa”, fenómeno que se manifesta “nos crismas, nas comunhões e ainda mais nos casamentos”.
“Uma função permanente do bispo é chamar a atenção para que os cristãos valorizem o interior”, frisa D. António Montes, religioso franciscano que em 2010 completou 75 anos, idade que o Direito Canónico impõe para a apresentação da renúncia.
O prelado nascido no concelho de Vila Real diz que procurou “fazer alguma coisa” para melhorar aquela que no seu entender é “a dimensão pastoral mais importante” e que se constitui como “uma batalha permanente” para tornar os cristãos “mais autênticos”.
O Papa Bento XVI nomeou hoje para bispo de Bragança-Miranda o padre José Manuel Cordeiro, sacerdote do clero da diocese com sede localizada 520 km a nordeste de Lisboa, facto que segundo D. António Montes não acontecia há 70 anos.
O futuro bispo “tem desempenhado papéis importantes ao serviço da Conferência Episcopal, como vice-reitor e reitor do Pontifício Colégio Português em Roma” e “é uma figura bem conhecida em Bragança”, pelo que vai ser acolhido com “satisfação”, assinala o agora bispo emérito.
A data de tomada de posse não está marcada mas presume-se que seja em outubro, adiantou D. António Montes, que espera encontrar-se com o seu sucessor na próxima semana para uma conversa sem conselhos: “Ele conhece bem a diocese. Não precisa de orientações especiais”.
“O novo bispo teve oito anos de atividade pastoral na diocese depois da ordenação sacerdotal”, lembra o bispo emérito, referindo que o padre José Cordeiro “manteve sempre contactos” com Bragança-Miranda nos 12 anos que passou em Roma, onde concluiu o doutoramento em Liturgia.
O padre José Cordeiro, de 44 anos, vai reencontrar uma diocese com poucos sacerdotes: “A média de idades do nosso clero não é muito elevada, à volta dos 60 anos. O problema é que não temos muitos padres”, admite D. António Montes, acrescentando: “Os mínimos estão assegurados. Mas, claro, seriam precisos mais”.
Bragança tem mantido o distanciamento face ao litoral e o futuro é sombrio: “As perspetivas não são famosas, por culpa de um plano de desenvolvimento económico que se centrou excessivamente no litoral e abandonou o interior”, aponta D. António Montes.
“Enquanto não houver polos de desenvolvimento económico e cultural não é possível ter desenvolvimento”, considera o prelado, acrescentando que o distrito “perdeu 12 mil pessoas” nos últimos 10 anos, queda que “vai continuar”.
O Instituto Politécnico de Bragança constitui para o bispo emérito “um dos bons exemplos de desenvolvimento regional e daquilo que se poderia continuar a valorizar”, contrariando a tendência para um “país desequilibrado” e “a duas velocidades”.
Depois de dar lugar ao sucessor, D. António Montes vai “regressar ao convento” mas não espera ficar parado: “Tenho muitos compromissos a satisfazer”, sublinha, lembrando que 2012 é o “Ano Europeu do Envelhecimento Ativo”.
Agência Ecclesia, 2011-07-19

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