Esta geografia confere a Alfândega da Fé uma grande variedade de motivos paisagísticos, sendo o Vale do Rio Sabor, a par do irrigado e fértil Vale da Vilariça, as paisagens mais emblemáticas deste território concelhio.
Mas Alfândega é também história, tradição, natureza e boa gastronomia. Concelho com mais de 700 anos de existência, a origem de Alfândega da Fé é, no entanto, muito mais antiga.
O toponímico Alfândega remete-nos para o período das invasões árabes da Península Ibérica, Alfandagh, palavra que significa local calmo e hospitaleiro, foi a designação que lhe atribuíram os muçulmanos, mais tarde aquando da reconquista cristã ter-lhe-á sido adicionada a palavra Fé.
No entanto, a sua verdadeira fundação é bastante anterior ao período romano, hipótese sustentada pela existência de inúmeros vestígios de povoamentos castrejos, em todo o concelho, como o Castro da Marruça (freguesia da Parada), Curral de Cerca (freguesia da Gouveia) ou o Castro S. Justa (freguesia da Eucísia). Há quem defenda que a vila foi sede de uma antiga ordem, muito anterior à dos templários e que a acção destes Cavaleiros foi decisiva no processo de reconquista Cristã da região. Tal facto deu origem a uma lenda que foi perdurando no tempo e que explica a fundação e actual designação da localidade.
Lenda dos Cavaleiros das Esporas Douradas
Conta o Povo que certo dia os Cavaleiros das Esporas Douradas tomaram o rumo de Balsamão para combaterem um terrível Muçulmano. Abdel Ali, senhor destas paragens, impunha como feudo a entrega de um determinado número de Donzelas. Abdel-Alí exigia saber o nome de cada donzela que ia contrair matrimónio e se quisesse podia possuí-la. Este imposto ficou conhecido como o “Tributo das Donzelas”.
A luta aumentou, então, de intensidade e os invasores acabaram por ser expulsos destas terras, pondo-se assim fim ao “Tributo das Donzelas”. No local construiu-se uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Bálsamo na Mão, hoje Santuário de Balsamão, o lugar de tão grande Chacina deu origem a Chacim e Alfândega, graças à bravura e valentia dos seus Cavaleiros das Esporas Douradas e em nome da Fé cristã, passou a designar-se Alfândega da Fé.
A zona do castelo, como o próprio nome indica, foi possivelmente o espaço onde se localizava a parte defensiva e militar do castelo de Alfândega da Fé. Sem grandes provas da sua existência, os patamares, ainda hoje visíveis, a norte, sul e a nascente, mostram que a zona foi amuralhada, no entanto desconhece-se os limites exactos e o tipo de muralhas. Das várias alterações urbanas realizadas na zona, que agora chamamos Castelo, restaram poucos vestígios da existência de uma fortificação defensiva, a não ser o traçado semi-circular das ruas e a própria “Torre do Relógio”.
O castelo da vila terá sido destruído a partir do século XVI, sendo a pedra de (xisto), utilizada para construir habitações; restou aquilo que seguramente desde o início do séc. XIX se chama “Torre do Relógio” e que constitui um dos ex-líbris da localidade. Podemos ainda ver e apreciar outros locais de interesse, como o Largo do Castelo, a Igreja Matriz, a Capela de S. Sebastião, entre outros.
Para além da torre do relógio também o traçado semi-cuircular das ruas são vestígios da existência de uma fortificação defensiva.
Actualmente, existe a convicção de que durante o período da ocupação árabe Alfândega foi sede administrativa com alguma importância de uma região designada “Valiato de Aldandica”. Porém, afigura-se como muito provável o povoamento do território em períodos anteriores. Facto que ganha sustentação se se atender aos vestígios arqueológicos que se encontram na área concelhia.
No entanto, a sua história, em termos de nacionalidade, só se vê verdadeiramente reforçada em 1294, a 8 de Maio, ano em que D. Dinis lhe concede carta de foral que, entre outros aspectos, define, os primeiros limites geográficos do concelho, sendo também D. Dinis que em 1320 mandou reconstruir o seu castelo.
Sabe-se que em 1510 Alfândega da Fé vê os seus limites geográficos alterados. Neste ano, D. Manuel I concede-lhe nova Carta de Foral aumentado a área concelhia.
Entre os séc. XVIII e XIX o concelho conhece novo fôlego impulsionado pela produção de bicho-da-seda, que em 1870 atingiu o seu auge com uma produção de mais de 15 toneladas. Em Outubro de 1855, o concelho foi extinto e as suas freguesias integradas em Moncorvo, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro. Em Janeiro de 1898 foi restaurado como circunscrição administrativa independente.
Alfândega da Fé mantém, hoje, os mesmos limites, que vão da serra de Bornes até ao rio Sabor e do planalto de Castro Vicente até ao Vale da Vilariça, num total de 314 km2 distribuídos por uma impressionante e surpreendente diversidade paisagística e natural.
Concelho onde a agricultura constitui o principal motor da economia concelhia, Alfândega da Fé tem nas produções de azeite, amêndoa, cereja e castanha, uma das suas principais riquezas. São também comercializados produtos resultantes da transformação destas matérias-primas, para além do fumeiro e queijo também típicos desta região.
A produção de cereja, hoje bastante importante, vem apenas das últimas décadas, assumindo-se como um importante cartaz turístico, com a realização da Festa da Cereja que coincide, habitualmente, com o dia de Portugal, Camões e das Comunidades (10 de Junho). Aliás, a qualidade dos produtos locais de Alfândega da Fé, já lhe valeu o nome de capital da cereja do nordeste transmontano.
Nos meses de Fevereiro e Março são as Amendoeiras em Flor o motivo da Festa. Os inúmeros visitantes atraídos pela magnífica paisagem dos campos de amendoeiras cobertas de flor, são desafiados a provar e comprovar a qualidade dos produtos locais. No “Mercadinho Flor de Amêndoa”, que se realiza durante o mês de Março, as compotas, queijos, fumeiro ou azeite estão em destaque. Estes alguns dos produtos levados à mesa com a marca “Terras de Alfândega”. Uma garantia de qualidade e autenticidade, que pode constituir-se como outro dos pretextos para uma visita a Alfândega da Fé.
Se tal não for motivo suficiente, outros pontos de atracção existem no concelho. Para os amantes da natureza e da vida ao ar livre a Câmara Municipal delineou uma rede de percursos pedestres, sob a marca “Bota-te a Andar”, que permitem uma descoberta do património histórico e natural concelhio. Trilho do Sabor, da Gouveia, da Serra de Bornes, dos Vilares da Vilariça, de Alvazinhos, do Forno da Cal, das Capelas e de Rabo de Burro, são os 8 percursos existentes, tendo já sido alvo de candidatura a implementação no terreno novos trilhos.
O Hotel & SPA Alfândega da Fé é também ponto de paragem obrigatória. Um regresso à Escola, mas para descansar é outra das propostas do concelho para a descoberta do mundo rural. As antigas escolas primárias, desactivadas devido à falta de alunos, deram lugar a modernos apartamentos turísticos. Ao todo existem 7 Alojamentos deste tipo no concelho, nas localidades de Cabreira, Colmeais, Covelas, Felgueiras, Gouveia, Sendim da Serra e Vales, que certamente constituem um óptimo pretexto para partir à descoberta de Alfândega da Fé.
Veja a galeria fotográfica sobre o concelho de Alfândega da Fé.
Informe-se sobre os Castros e Miradouros que poderá visitar no concelho.
Outros pontos de interesse geral para visitar em de Alfândega da Fé.
A zona do castelo, como o próprio nome indica, foi possivelmente o espaço onde se localizava a parte defensiva e militar do castelo de Alfândega da Fé. Sem grandes provas da sua existência, os patamares, ainda hoje visíveis, a norte, sul e a nascente, mostram que a zona foi amuralhada, no entanto desconhece-se os limites exactos e o tipo de muralhas. Das várias alterações urbanas realizadas na zona, que agora chamamos Castelo, restaram poucos vestígios da existência de uma fortificação defensiva, a não ser o traçado semi-circular das ruas e a própria “Torre do Relógio”.
O castelo da vila terá sido destruído a partir do século XVI, sendo a pedra de (xisto), utilizada para construir habitações; restou aquilo que seguramente desde o início do séc. XIX se chama “Torre do Relógio” e que constitui um dos ex-líbris da localidade. Podemos ainda ver e apreciar outros locais de interesse, como o Largo do Castelo, a Igreja Matriz, a Capela de S. Sebastião, entre outros.
Para além da torre do relógio também o traçado semi-cuircular das ruas são vestígios da existência de uma fortificação defensiva.
Actualmente, existe a convicção de que durante o período da ocupação árabe Alfândega foi sede administrativa com alguma importância de uma região designada “Valiato de Aldandica”. Porém, afigura-se como muito provável o povoamento do território em períodos anteriores. Facto que ganha sustentação se se atender aos vestígios arqueológicos que se encontram na área concelhia.
No entanto, a sua história, em termos de nacionalidade, só se vê verdadeiramente reforçada em 1294, a 8 de Maio, ano em que D. Dinis lhe concede carta de foral que, entre outros aspectos, define, os primeiros limites geográficos do concelho, sendo também D. Dinis que em 1320 mandou reconstruir o seu castelo.
Sabe-se que em 1510 Alfândega da Fé vê os seus limites geográficos alterados. Neste ano, D. Manuel I concede-lhe nova Carta de Foral aumentado a área concelhia.
Entre os séc. XVIII e XIX o concelho conhece novo fôlego impulsionado pela produção de bicho-da-seda, que em 1870 atingiu o seu auge com uma produção de mais de 15 toneladas. Em Outubro de 1855, o concelho foi extinto e as suas freguesias integradas em Moncorvo, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Mogadouro. Em Janeiro de 1898 foi restaurado como circunscrição administrativa independente.
Alfândega da Fé mantém, hoje, os mesmos limites, que vão da serra de Bornes até ao rio Sabor e do planalto de Castro Vicente até ao Vale da Vilariça, num total de 314 km2 distribuídos por uma impressionante e surpreendente diversidade paisagística e natural.
Concelho onde a agricultura constitui o principal motor da economia concelhia, Alfândega da Fé tem nas produções de azeite, amêndoa, cereja e castanha, uma das suas principais riquezas. São também comercializados produtos resultantes da transformação destas matérias-primas, para além do fumeiro e queijo também típicos desta região.
A produção de cereja, hoje bastante importante, vem apenas das últimas décadas, assumindo-se como um importante cartaz turístico, com a realização da Festa da Cereja que coincide, habitualmente, com o dia de Portugal, Camões e das Comunidades (10 de Junho). Aliás, a qualidade dos produtos locais de Alfândega da Fé, já lhe valeu o nome de capital da cereja do nordeste transmontano.
Nos meses de Fevereiro e Março são as Amendoeiras em Flor o motivo da Festa. Os inúmeros visitantes atraídos pela magnífica paisagem dos campos de amendoeiras cobertas de flor, são desafiados a provar e comprovar a qualidade dos produtos locais. No “Mercadinho Flor de Amêndoa”, que se realiza durante o mês de Março, as compotas, queijos, fumeiro ou azeite estão em destaque. Estes alguns dos produtos levados à mesa com a marca “Terras de Alfândega”. Uma garantia de qualidade e autenticidade, que pode constituir-se como outro dos pretextos para uma visita a Alfândega da Fé.
Se tal não for motivo suficiente, outros pontos de atracção existem no concelho. Para os amantes da natureza e da vida ao ar livre a Câmara Municipal delineou uma rede de percursos pedestres, sob a marca “Bota-te a Andar”, que permitem uma descoberta do património histórico e natural concelhio. Trilho do Sabor, da Gouveia, da Serra de Bornes, dos Vilares da Vilariça, de Alvazinhos, do Forno da Cal, das Capelas e de Rabo de Burro, são os 8 percursos existentes, tendo já sido alvo de candidatura a implementação no terreno novos trilhos.
O Hotel & SPA Alfândega da Fé é também ponto de paragem obrigatória. Um regresso à Escola, mas para descansar é outra das propostas do concelho para a descoberta do mundo rural. As antigas escolas primárias, desactivadas devido à falta de alunos, deram lugar a modernos apartamentos turísticos. Ao todo existem 7 Alojamentos deste tipo no concelho, nas localidades de Cabreira, Colmeais, Covelas, Felgueiras, Gouveia, Sendim da Serra e Vales, que certamente constituem um óptimo pretexto para partir à descoberta de Alfândega da Fé.
Veja a galeria fotográfica sobre o concelho de Alfândega da Fé.
Informe-se sobre os Castros e Miradouros que poderá visitar no concelho.
Outros pontos de interesse geral para visitar em de Alfândega da Fé.
Informações adicionais e contactos no website da Câmara Municipal.
in:http://noticiasdonordesteultimas.blogspot.com
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