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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Carne Mirandesa em busca da duplicação

A unidade que a Cooperativa Agro-Pecuária Mirandesa (CAPM) abriu em Vimioso tem capacidade para transformar o dobro da carne que é produzida na região.
A fábrica começou a laborar em Julho e transforma, actualmente, 45-45 carcaças semanalmente embora disponha de meios para trabalhar 80 peças por semana. “Temos condições para transformar o dobro daquilo que comercializamos actualmente”, admite o director comercial da CAPM, Nuno Paulo, em jeito de desafio ao aumento da produção. “É evidente que necessitamos de mais produção, de mais explorações e temos que ser mais competitivos”, considera o responsável.
Se até há bem pouco tempo atrás existiam muitas explorações com 3-4 vacas, hoje dificilmente se encontra alguma com menos de 20-30 animais.
O problema é a média de idades, que anda muito próxima dos 55-60 anos. “Necessitamos que isso desça no imediato. Quem é jovem tem outras ambições, quer a nível profissional, quer de rendimento, e vão ser eles que vão fazer com que a produção aumente”, antevê Nuno Paulo.
O passo decisivo, contudo, poderá ser dado fora dos seis concelhos do distrito que constituem o solar da raça, dado que a CAPM aguarda que a Comissão Europeia autorize o alargamento da área geográfica de produção de bovinos mirandeses.

A nível nacional, o alargamento do solar da raça já foi provado, mas falta a autorização comunitária
Quando o processo estiver concluído, a produção de Carne Mirandesa (IGP) deixará de ser um exclusivo dos criadores de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso ou Vinhais, para passar a ser uma realidade em regiões as Beiras ou o Alentejo, onde, aliás, já existem centenas de cabeças de gado desta raça. “No Alto Alentejo existem cerca de 1.000 cabeças de gado, numa altura em que o efectivo total da raça ronda as 5.500”, explica o director comercial.
A nível nacional, o alargamento já foi provado, mas falta a autorização comunitária, sendo certo que há produtos com Denominação de Origem Protegida (DOP) que não sairão das fronteiras do solar da raça. É o caso do Redeão Mirandês, que se encontra certificado desde Fevereiro passado e entrará no mercado logo que aumente o universo de produção da carne mirandesa. Já a Posta Mirandesa, que obteve o selo DOP na mesma altura, poderá ser embalada nas zonas do País que vierem a fazer do solar da raça.
“Obviamente que o alargamento a outras regiões vai aumentar a capacidade de produção, mas não será suficiente. Precisamos que no berço da raça aumente o efectivo”, esclarece Nuno Paulo.
O secretário técnico interino da Associação de Criadores de Bovinos de Mirandesa, António Pimentel, alinha pela mesma bitola. “É preciso aumentar, e aumentar muito a produção desta raça”, defende o responsável.
in:jornalnordeste.com

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