O encontro de ontem, em Vinhais, foi aproveitado por Jorge Nunes para lembrar o governante do projecto da barragem de Veiguinhas, considerado essencial pela autarquia e repetidamente chumbado pelo ICN. O presidente da Câmara de Bragança avisa: a manter-se a postura do Parque Natural de Montesinho, admite avançar com a luta pela desafectação de áreas específicas do parque.
“Acredito que, nesta fase e se não houver evolução, compete à autarquia fazer a reflexão no sentido de ponderar a defesa dos cidadãos para poderem promover as suas actividades económicas e utilizar os recursos a que legitimamente têm direito e superar uma adversidade de nível administrativo através do Direito – ou seja, de uma eventual desafectação de área do Parque Natural de Montesinho”.
O autarca mostra-se satisfeito com a postura do secretário de Estado mas insiste na sua convicção de que o PNM tem contribuído para o agravar das condições de vida dos seus habitantes:
“Há da parte do Secretário de Estado uma atitude de abertura e diálogo. No entanto, os últimos anos de gestão do Parque Natural de Montesinho, enquadrada, no meu ponto de vista, numa política errada e excessiva a nível das áreas protegidas no país, traduz-se numa situação, particularmente em relação aos cidadãos que vivem nas freguesias do Parque, traduz-se numa política de agressão contra os direitos legítimos dos cidadãos”.
Quanto ao projecto da barragem de Veiguinhas, Daniel Campelo não se quis comprometer:
“Essa é uma questão que estamos a analisar, vamos ter que abordar essa discussão de uma forma séria e que possa ir ao encontro das preocupações do Parque e das populações, em termos de abastecimento de água”.
in:rba.pt
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