Arranca hoje o novo ano lectivo na maioria das escolas do 1º Ciclo do distrito de Bragança. Os estabelecimentos de ensino com menos de 21 alunos vão manter-se abertos, à excepção das escolas de Castro Vicente, em Mogadouro, e de Cabanas, em Torre de Moncorvo.
O Ministério da Educação decidiu manter as escolas de Quintanilha, Espinhosela, Salsas e Palaçoulo, apesar do número de alunos inscritos andar longe dos 21 estipulados pelo anterior governo. Em Vinhais a DREN também autorizou a abertura das escolas de Ervedosa e de Penhas Juntas, a título excepcional, por mais um ano lectivo.Na cidade de Bragança também abre a escola das Cantarias com um número reduzido de alunos.
Alice Suzano, do Sindicato dos Professores do Norte, afirma que não faz sentido a DREN ter recusado a abertura de mais duas salas no Centro Escolar da Sé e aprovar a abertura da escola das Cantarias com 11 alunos.“Aqui o caso a realçar mais será o do Agrupamento Paulo Quintela, que tinha mais duas turmas para irem para duas salas que têm equipadas e disponíveis e este equipadas é com computador, quadro interactivo, projector e todo o material para os meninos estarem lá, mas a anterior gestão do Ministério não autorizou que as crianças fossem para lá. Estamos todos em nome da poupança a cortar aqui e acolá e a reduzir em lado nenhum.
Em contrapartida deixaram as Cantarias a funcionar só com 11 alunos”, constata Alice Suzano. O aumento do número de alunos por turma também deixou professores do quadro sem colocação.
Alice Suzano afirma que 126 professores do 1º Ciclo e 25 educadores de infância vinculados ao distrito de Bragança ficaram sem lugar nas escolas.“Temos a situação dramática, nomeadamente do 1º Ciclo, que temos 126 professores sem colocação, que são denominados professores sem componente lectiva e no pré-escolar temos 25 nesta situação.
Além disso, temos mais de cerca de 40 professores que são daqui, têm a família aqui e por motivos de saúde deles ou dos familiares pediram para vir para cá e não conseguiram ter colocação e no pré-escolar também são mais de 20 colegas que estão nessa situação”, salienta Alice Suzano. Os cortes no financiamento aos agrupamentos escolares também assombram este ano lectivo. De acordo com o Sindicato há escolas que poderão não ter dinheiro para o aquecimento durante o Inverno.
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt
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