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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Catedral do séc. XXI, dívida do séc. XXI: bispo de Bragança herda 5 milhões para pagar

A Catedral de Bragança será o local da ordenação e um dos desafios do novo bispo que herda uma factura de cinco milhões de euros de uma obra inacabada, que já custou quase três vezes mais que o inicialmente previsto.
A única catedral do século XX começou a ser construída há 20 anos com um orçamento de 750 mil contos (3,750 milhões de euros), já absorveu quase 10 milhões de euros e ainda necessita de 800 mil euros para ficar concluída.

Dos dois milhões de euros já gastos foram liquidados à volta de seis milhões e o que falta pagar corresponde essencialmente a empréstimos bancários, segundo contou o presidente da Comissão Fabriqueira, João Gomes.
A este valor acrescem ainda os 800 mil euros para a última fase da obra, a conclusão das alas norte e sul, onde será instalado o arquivo diocesano e construídas três capelas mortuárias e a casa do guarda.
Os cerca de seis milhões de euros já liquidados foram realizados com donativos dos fiéis e compartições estatais ou fundos comunitários.
«A manutenção deste edifício vai ficar muito cara à diocese», constatou o cónego João Gomes, que tem acompanhado a obra desde o início e tem sido confrontado com gastos adicionais num projecto de arquitetura moderna em que sobressaem materiais nobres como granitos, madeiras e cobre.
Em apenas uma década já foi necessário substituir portas em madeira e corrigir uma parede exterior de 60 metros com blocos de granito que ameaçavam cair, consequência da «pressa com que a obra foi feita» para o bispo António Rafael fazer a cerimónia da dedicação a Nossa Senhora Rainha, uma semana antes de ser substituído, em Outubro de 2001, segundo contou.
Acrescem ainda os prejuízos dos furtos de placas de cobre do telhado. Só este ano, o cónego João Gomes já contabiliza 22 mil euros para reposição do material levado em três assaltos.
Considerada por alguns como «um sorvedouro de dinheiro» e «uma obra megalómana e desnecessária», esta obra foi o desígnio dos 30 anos de episcopado do bispo António Rafael, que ficou conhecido como «o bispo da catedral».
Pouco depois de ser nomeado, lançou simbolicamente, em 1982, a primeira pedra, mas só uma década depois é que a obra arrancou.
Concluído o esqueleto, fez a inauguração funcional, em 1995, por altura dos 450 anos da Diocese de Bragança-Miranda.
Em 2001, a diocese foi entregue ao bispo António Montes Moreira que agora vai passar o testemunho a José Cordeiro, e destaca, no balanço de uma década de episcopado, «o avanço que se deu às obras da catedral».
O presidente da Comissão Fabriqueira acredita que o novo bispo, com 44 anos, terá tempo de concluir a catedral com a contribuição de todos.
Quando lançou a obra, o antecessor António Rafael percorreu todos os 711 lugares da diocese a pedir que cada fiel contribuísse com a sua pedra para a nova catedral.
António Rafael enfrentou a fúria das gentes de Miranda, o berço da diocese, que se sentiram relegadas para segundo plano quando o prelado fixou o nome da diocese Bragança-Miranda e atribuiu à velha Sé de Miranda o estatuto de concatedral da nova de Bragança.
O cónego João Gomes dedicou «o melhor da vida de padre» a esta obra e «algumas migalhas que tinha enterrou-as ali», mas disse não estar «arrependido».
«Apesar de todos os trabalhos, de todos os sofrimentos e das lágrimas que se derramaram, valeu a pena, porque Bragança não tinha uma igreja-mãe com condições para cerimónias com alguma solenidade», considerou.
Lusa/SOL

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