O sítio arqueológico de Fraga da Estrela, ou Fraga da Mula, é importante pela arte rupestre que aí foi detectada, embora não haja certezas sobre a sua datação. Ali, numa rocha de grandes dimensões onde se abre um abrigo natural, estaria insculpido um motivo em forma de estrela que inseria no seu centro um animal bovino.
Hoje em dia, não se encontraram vestígios da sua existência. O Castro de Ferreiros, na aldeia do mesmo nome, era um povoado fortificado de época indeaterminada. A geomorfologia do local é marcada por altos afloramentos, e a população que aí viveu teve de se adaptar a isso, porque só podia ocupar uma parte do recinto interior.
À superfície do solo, foram detectados alguns fragmentos cerâmicos e fragmentos de mós manuais.
Nesta freguesia, inicia-se o planalto propriamente dito, passando-se às culturas da «Terra Fria», com excepções no vale interior do ribeiro de Amanso. Há também a transição do granito para ao xisto, que vai ocorrer até à extremidade da terra da Lomba, relativamente rica de chãs de armentio e amplos afolhamentos de centeio.
O nome da freguesia tem uma explicação óbvia. Vilar é um lugarejo, um casal, uma pequena aldeia. Foi a partir deste núcleo que se desenvolveu a povoação. Quanto a Lomba, tem um significado topográfico lógico.
Já em relação a Ferreiros, o significado do nome tanto poderá estar relacionado com a actividade da ferraria como com o antroponímico do nome pessoal germânico Ferrarius. A confirmar-se esta última hipótese, teríamos um povoamento claramente Nacional da área da actual freguesia.
O lugar de Vilar, centro da freguesia, terá sido criada a partir de um «vilar», onde, pelo século XIII, se estabeleceu um núcleo de povoadores. Este «villar» devia pertencer ao rei, seria portanto um reguengo. A área correspondente à actual aldeia de Ferreiros também devia pertencer ao rei. A existência da paróquia de Santo Estevão de Vilar de Lomba é recente. Foi criada apenas cerca de 1840.
Diz o abade de Miragaia sobre o assunto: a«Foi criada pelos anos de 1840 sobre a aldeia de Vilar, que era da freguesia de S. Jomil, hoje deste concelho de Vinhais, mas que pertencia ao concelho de Santalha, extinto por decreto de 31 de Dezembro de 1853, pelo qual passou para o de Vinhais, bem como esta freguesia de Vilar da Lomba. Tem hoje (1886) anexa a esta freguesia de S. Jomil, orago S. Pedro. Representa, pois, esta freguesia duas, formadas por duas povoações, Vilar de Lomba e S. Jomil, as quais até 1840 formavam a freguesia de S. Jomil. Também hoje tem anexa, administrativamente, a povoação de Ferreiros, que pertence eclesiasticamente à freguesia de Edral.
Temos, pois, que antes de conseguir a independência como freguesia, Vilar de Lomba começou por estar integrada, para efeitos administrativos, na freguesia de S. Jomil do concelho de Santalha.
Com a extinção deste, transitou para o município de Vinhais. Em termos de património edificado, temos a Igreja Paroquial de Santo Estevão como o edifício mais importante. Um templo simples, cuja fachada termina em empena.
A poucos metros da fachada, um campanário com dois sinos. Quanto à Capela de Santa Luzia, na aldeia de Ferreiros, a fachada principal também termina em empena, mas tem adossada, do lado esquerdo, uma torre sineira com dois pisos que termina em coruchéu. Apesar de pouco povoada, a freguesia de Vilar de Lomba tem sido falada a nível nacional por razões económicas.
Para breve, prevê-se a ocupação de quatro hectares de pinhal e souto com produção de cogumelos comestíveis que serão direccionados, depois de produzidos, para os circuitos comerciais.
Área: 2000 ha
População: 350 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Paroquial, Capela de Stª Luzia em , Moinhos de Água
Festas e Romarias: Festas de Stº Estevão a 25 e 26 de Dezembro, de Nossa Senhora das Mercês no 2º Sábado de Agosto
Gastronomia: Presuntos, Enchidos, Leitão, Cabrito Assado no Forno, Folar da Páscoa, Pudim de Ovos
Artesanato: Tecelagem, Bordados, Rendas
Turismo rural: Casas com mais de 100 anos para Turismo
Orago: Stº Estêvão
Colectividades: Associação de Vilar de Lomba
Retratos e Recantos
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