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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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terça-feira, 5 de junho de 2012
Concentração na AR para exigir paragem da construção de barragem do Tua
Cerca de 20 pessoas concentraram-se hoje em frente à Assembleia da República, em Lisboa, exigindo a paragem das obras de construção da barragem de Foz Tua.
«A atitude inteligente da parte do Governo seria anunciar agora que a obra do Tua vai ser resgatada à concessão e vai ser parada definitivamente», defendeu o presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA).
João Joanaz de Melo argumentou que «seria a atitude inteligente porque é aquela que custaria menos dinheiro ao país, aos consumidores e aos contribuintes e era aquela que eliminava este conflito com a UNESCO», organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
A construção da barragem de Foz Tua pode levar à perda da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da UNESCO.
No ano passado, a Icomos, uma associação de profissionais da conservação do património, alertou que a construção daquela barragem terá «um impacto irreversível» e constitui uma «ameaça ao valor excepcional universal».
Para o presidente da GEOTA, a UNESCO «obviamente tem carradas de razão, o Governo português não cumpriu uma série de obrigações a que se tinha comprometido».
Joanaz de Melo lembrou que, com a construção da barragem, além do Douro Vinhateiro, «que é extraordinariamente importante para o turismo em Trás-os-Montes», está também em causa «a destruição da linha do Tua, que também é muito importante, quer como meio de transporte, quer como atracção turística», e «a destruição dos valores naturais que são únicos».
Enquanto decorria a concentração, a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, era ouvida no Parlamento, numa comissão parlamentar que inclui a barragem do Tua na ordem de trabalhos.
O presidente da GEOTA sublinhou que «é muito mais barato parar agora a barragem do que andar com ela para a frente».
«Esta concessão custou 53 milhões de euros e ter-se-ão gastado mais algumas dezenas de milhões de euros nas obras que foram feitas até agora. Se se deixar andar isto para a frente, calculamos que o custo para os cidadãos e contribuintes seja 20 a 30 vezes mais, algo entre dois mil milhões e três mil milhões de euros. Um custo muitíssimo maior e completamente inútil», disse.
Hoje, em frente ao Parlamento, os manifestantes distribuíam a quem passava o 'Manifesto pelo Tua', no qual mais de 40 personalidades de várias áreas exigem a «paragem imediata das obras» da barragem «antes que sejam cometidos danos irreparáveis sobre um património de inestimável valor».
Assinam o manifesto personalidades da ciência, cultura, economia, política e cidadania como o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, o dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, o dirigente da Quercus Francisco Ferreira e João Joanaz de Melo.
A deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia, o jornalista José Manuel Fernandes, o professor e especialista em hidráulica Carmona Rodrigues, o presidente da Câmara de Faro e dirigente do PSD, José Macário Correia, e o músico dos Blasted Mechanism Pedro Valdjiu são outros dos signatários.
Lusa/SOL
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