Freguesia de Amedo

A cinco quilómetros da sede do concelho, a freguesia de Amedo situa-se nas abas da serra de Reborosa e é atravessada por dois ribeiros, um que vai desaguar ao rio Tua e outro ao rio Douro. Localizada na parte norte do concelho, é constituída pelos lugares de Amedo e Areias. A Anta da Samorinha, no Alto de Pranheira, representa o povoamento inicial da freguesia. Actualmente, está muito destruída e dela resta apenas um esteio completo, um outro muito fragmentado e uma parte da couraça. Era uma anta de dimensões médias, composta por um corredor orientado a nascente, conforme indiciam alguns vestígios pétreos.
O povoado fortificado da Senhora da Graça está classificado como Imóvel de Interesse Público. Foi habitado durante a Idade do Ferro, embora possa ter sido repovoado durante a Idade Média. O sistema defensivo era constituído por uma única linha de muralha, que protegia o recinto interior, oval. Dali se vislumbrava o planalto de Ansiães.
A nível de achados, foram recolhidos muitos fragmentos cerâmicos de diferentes períodos. São ainda visíveis restos dos troços da antiga muralha. A Ponte do Torno foi construída em época indeterminada. É uma estrutura em granito, de um só arco de volta perfeita e com tabuleiro plano. Devia estar integrada numa via de circulação romana ou meideval, estabelecendo assim a ligação entre Amedo e Pombal.
O topónimo Amedo é um arcaismo, derivado do latim amoena, amieiro, de sentido vegetal, que significa vale de amieiros. Segundo a lenda, no entanto, teriam sido os fugitivos dessas lutas que foram dar àquela parte escondida das encostas onde se situa, e ao chegarem ao monte esconderam-se, com medo que houvesse ataques inesperados, uma vez que só tinham como armas as pedras que ali abundavam. O vigário de Amedo era inicialmente apresentado ad nutum pelo comendador de S. João de Ansiães e depois pelo reitor de Marzagão.
Quanto à paróquia, deve ter sido instituída por volta do século XVI. Em termos de património edificado, merece destaque a Fonte de Amedo, situada junto à via e perto da Capela do Paço. Terá sido construída no século XVIII, atendendo às suas características. Trata-se de uma fonte de mergulho barroca, integrada numa estrutura tipo nicho, com um frontispício delimitado por pilastras e cornijas.
A cobertura é tipo nicho abobadada, coroada por urnas e nicho central. Possui dois tanques. A volumetria e a traça da fonte, em particular por causa do frontispício, conferem grande homogeneidade ao conjunto do qual também faz parte a capela que lhe está próxima.
A Igreja Paroquial de S. Tiago e S. Sebastião, de carácter rústico, tem torre sineira lateral direita simples, com dois sinos. A Capela de Areias é toda em granito. O seu padroeiro é S. Sebastião. A Fonte do Cunho já muito antiga, ou a Ponte do Torno, que dizem romana, é outro dos motivos de interesse do lugar.
Área: 1386 ha
População: Cerca de 600 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas de S. Martinho em Amedo, do Mártir S. Sebastião em Areias, Ponte Romana, Sede da Junta de Freguesia, Diversas Fontes Antigas, Duas Escolas Primárias Desactivadas, Diversos Moinhos, Diversos Cruzeiros, Alminhas em Amedo e Areias, Várias Casa Senhoriais 
Património Paisagístico: Vista do Alto de S. Martinho com vista para Areias e Amedo, Zona de Caça Municipal
Festas e Romarias: Festas em honra de Santiago em Amedo a 25 de Julho, em honra de S. Sebastião no 1º Domingo de Julho 
Gastronomia: Fumeiro (Matança), Presunto, Alheira, Outros Enchidos
Locais de lazer: Dois Campos de Futebol em Amedo e Areias
Espaços lúdicos: Internet
Lenda: Lenda do Mártir S. Sebastião
Orago: Santiago, Mártir S. Santiago
Principais actividades económicas: Agricultura, Comércio
Colectividades: Associação Recreativa Desportiva e Cultural de Amedo, Associação de Caçadores de Amedo, Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Areias

Retratos e Recantos