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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
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terça-feira, 21 de agosto de 2012
Juntas perdem contratos de rendas para instalação de Parque eólico em Montesinho
O projecto eólico previsto para o Parque Natural de Montesinho vai ser reduzido.
A Scottish Southern Energy Renewables, empresa escocesa promotora da iniciativa, alega que os resultados das medições do vento não corresponderam às expectativas iniciais.
Por isso, algumas juntas de freguesia que estavam a receber cerca de três mil euros por mês de rendas pelos terrenos onde iriam ser instaladas as torres eólicas estão já a receber cartas a rescindir os contratos.
Foi o caso de Rabal, no concelho de Bragança.“Fomos surpreendidos com a recepção de uma carta denunciando o contrato”, revela o presidente da junta de freguesia. “A empresa alega que o pode fazer a qualquer momento no caso de o resultado das medidas de vento mostrarem a inviabilidade económica do parque”, refere Paulo Hermenegildo.
O autarca admite mesmo recorrer à justiça por causa do atraso no aviso da denúncia do contrato, uma vez que foi feito com um dia de antecedência e não com 30, como estava estipulado.
Ao que a Brigantia apurou também as freguesias de Babe, Deilão, S. Julião de Palácios e Rio de Onor foram notificadas da rescisão do contrato.
O autarca de Babe também foi apanhado de surpresa e lamenta a decisão pois considera que o dinheiro das rendas era muito útil às freguesias.“Ficámos surpreendidos embora saibamos das dificuldades que há na implementação dos parques eólicos”, afirma Alberto Pais, salientando que “para as juntas de freguesia e concelhos de baldios é mais um aspecto negativo porque era uma receita bem-vinda”.O responsável da empresa em Portugal garante que isto não significa o fim do projecto.
“A nossa empresa não desistiu do projecto, vai ser mantido mas mais reduzido”, assegura Luís Antunes. “Nós chegámos a ter nove torres a medir o vento. Foram desmontadas há cerca de um ano e hoje em dia temos uma noção clara onde há e onde não há potencial eólico para projectos economicamente viáveis”.
Luís Antunes acrescenta que a concretização do projecto está dependente de decisões políticas.“Em termos estratégicos a empresa procura entender como é que se vai desenvolver, em termos político, o suporte às energias renováveis, nomeadamente se haverá concursos num prazo aceitável, pois nenhuma empresa fica ad eternum à espera de oportunidade para investir”, afirma. “Mantemos a aposta nos terrenos que têm potencial eólico, nos outros não justifica continuar a fazer investimento porque temos estado a pagar rendas desde 2007, sem usufruto”.
O presidente da câmara de Bragança desconfia do argumento apresentado pela empresa. “O potencial existe em termos do número de horas anuais de vento suficientes para garantir viabilidade económica a um parque.
Seguramente que é muito maior do que em muitas outras zonas onde são parque desenvolvidos”, refere Jorge Nunes.
O autarca acredita que o projecto se vai concretizar. “É uma questão de tempo, este parque há-de desenvolver-se por necessidades de acesso à energia e também pelo facto de o potencial existir e que não vai desaparecer”.
Mesmo que o Ministério da Economia abra o concurso nos próximos tempos, fica ainda por resolver o problema de ligação à rede da energia que será produzida no Parque Natural de Montesinho, uma vez que o ponto mais próximo é em Macedo de Cavaleiros.
in:brigantia.pt
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