Paulo Hermenegildo deixou a ideia durante o certame que ontem decorreu naquela aldeia e que promove o artesanato e os produtos agrícolas da terra.“A ideia é que aja uma maior interactividade entre o meio rural e urbano no sentido de chamar gente porque aqui temos cada vez menos gente e esse roteiro poderia aumentar o fluxo de gente”, explica o autarca, salientando que “dessa forma os agricultores possam ficar mais motivados a expor os produtos pois têm mais saída”.
O presidente da câmara de Bragança concorda com a ideia mas alerta para a necessidade de os agricultores se organizarem.“Se calhar é uma boa perspectiva pois estes espaços precisam de pessoas”, considera Jorge Nunes. Mas para isso “tem de haver pequenos produtores que se organizem para este dia e percebam que a sua permanência neste espaço é um incentivo à produção e à economia.
Quando isso acontecer muita mais gente de fora virá à feira”. “O facto de existir um roteiro a anunciar a feira é bom, mas é preciso que as pessoas possam comprar aquilo que precisam de consumir em casa”, realça.A décima edição da Feira dos Produtos da Terra de Rabal contou com a participação de nove expositores locais.
Muitos deles participam desde a primeira edição, mas este ano receavam a falta de poder de compra.“Vendo pão, folar, económicos e filhós tudo feito por mim. No ano passado vendi bastante bem porque as pessoas gostam destas coisas feitas em casa”, refere Margarida Esteves.
Já Sílvia Pinelo vende “produtos derivados do mel. Vai-se vendendo, embora com a crise não seja muito fácil”. “Desde que começou nunca a feira nunca falhei nenhum ano”, afirma Ana Maria Lourenço, acrescentando que “vendo marmelada caseira e rendas. A bijuteria é feita pela minha neta que se entretém nestas coisas. Nos anos anteriores vendia-se tudo, mas este ano há muta crise”.
Um certame na área rural do concelho de Bragança que pretende fomentar a economia local.
Escrito por Brigantia
Sem comentários:
Enviar um comentário