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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
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(Henrique Martins)
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Seca traz produção de cereais mais baixa desde 2005
A produção de cereais no ano agrícola de 2012, «fortemente marcado pela seca», será «a mais baixa desde 2005», mas as culturas de primavera/verão deverão manter os níveis de produtividade, antecipa hoje o INE.
Segundo as previsões agrícolas a 31 de Julho do Instituto Nacional de Estatística (INE), «a campanha dos cereais de Outono/Inverno saldou-se por quebras expressivas, fundamentalmente devido à seca, situação que também afectou a batata, especialmente a de sequeiro».
Com a colheita «praticamente concluída», as produções de cereais praganosos caem em 2012 pelo quarto ano consecutivo, com recuos face a 2011 de 30 por cento no triticale, 25 por cento na aveia, 20 por cento no trigo mole, trigo duro e centeio e 15 por cento na cevada.
As previsões apontam ainda para «quebras significativas» na produtividade dos pomares de pêra, maçã e pêssego, «resultado das condições climatéricas adversas na altura da floração/polinização (frio e geada)», e para recuperações no tomate para indústria e na vinha.
Relativamente às culturas de primavera/verão, o instituto de estatística nota que, «de um modo geral, apresentam um desenvolvimento vegetativo normal para a época, pelo que não se prevêem quebras de produtividade».
O INE alerta, contudo, que no final de Julho 58 por cento do território nacional estava em situação de seca extrema e 26 por cento em seca severa, pelo que «o potencial produtivo das culturas de primavera/verão no actual ano agrícola é ainda incerto» e «o impacto da seca poderá estender-se à próxima campanha, particularmente se não ocorrer precipitação até ao início do Outono».
Relativamente à superfície de milho para grão de regadio, o INE antecipa que deverá manter-se nos 90 mil hectares, enquanto o milho para grão de sequeiro apresenta «um desenvolvimento vegetativo regular» e deverá repetir o rendimento de 2011.
Também a produtividade do arroz deverá manter-se semelhante à do ano anterior, cerca de 5.855 kg/hectare, mas o rendimento unitário da batata de regadio decrescerá cinco por cento.
Já o tomate para a indústria apresenta «perspectivas animadoras» após o «mau ano de 2011», com uma produtividade «acima das 82 toneladas/hectare», um valor acima da média dos últimos cinco anos, e o girassol deverá manter-se estável.
Segundo o INE, 2012 será «mau» para os pomares de pomóideas, com Trás-os-Montes a ser a região mais afectada na maçã e a registar quebras de produtividade superiores a 30 por cento face a 2011, traduzido num decréscimo do rendimento unitário a nível nacional de 15 por cento.
No caso da pêra, as reduções são «generalizadas a todas as regiões», com decréscimos previstos da produtividade de 30 por cento face a 2011 e de 11 por cento relativamente à média dos últimos cinco anos.
Também menos produtivos estão este ano os pomares de pessegueiros, cujo rendimento unitário deverá cair 10 por cento.
Em sentido inverso, a produtividade das vinhas irá aumentar cerca de cinco por cento, com todas as regiões a apontar «para um ano de boa qualidade», e a uva de mesa subirá a produção em 10 por cento.
Relativamente à amêndoa «ainda subsistem incertezas quanto ao potencial produtivo para esta campanha», mas tudo aponta para um decréscimo de cinco por cento face a 2011, enquanto a produção de batata de sequeiro recuará 15 por cento e a de cereja 25 por cento.
Lusa/SOL
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