Em Bragança há uma iniciativa que há 17 anos adoça o paladar dos mais gulosos. A empresa Roteiro da Doçaria dedica-se à confeccão de doces tradicionais à base dos frutos secos da região, entre eles, a amêndoa, as nozes, as avelãs e os pinhões. A castanha é a última aposta da empresa que pretende utilizar o fruto na estratégia de internacionalização que vai iniciar em breve no mercado espanhol.
A aventura desta iniciativa hoje sedeada em Bragança começou em 1995, um pouco mais a sul, em Torre de Moncorvo. À época a empresa centrou a sua aposta na amêndoa, um «produto característico» da região e que «estava muito abandonado», recorda Maria Diogo, responsável da Roteiro da Doçaria, que comercializa os seus produtos sob a marca Doceamêndoa.
Todos os doces confeccionados pela Doceamêndoa são produzidos artesanalmente, como garante Maria Diogo, que adianta que «esta é já uma marca de sucesso, não só em Bragança como no estrangeiro. É com o melhor da região que podemos chegar mais longe e foi nisso que insistimos». A aventura desta iniciativa hoje sedeada em Bragança começou em 1995, um pouco mais a sul, em Torre de Moncorvo. À época a empresa centrou a sua aposta na amêndoa, um «produto característico» da região e que «estava muito abandonado», recorda Maria Diogo, responsável da Roteiro da Doçaria, que comercializa os seus produtos sob a marca Doceamêndoa.
Há 17 anos que o conceito original se mantém, assegura Maria Diogo, acrescentando que «todos os doces são produzidos à base de frutos secos. Oferecemos todos os tipos de formas e tamanhos. Procuramos, por isso, disponibilizar os melhores produtos de confeitaria, garantindo uma qualidade e referência únicas através do fabrico diário», garante.
Das nozes à amêndoa e pinhão, a Doceamêndoa aproveita «o melhor que a região tem a este nível. Somos muito fortes em frutos secos e desaproveitar esse potencial seria muito mau», acrescenta, lembrando que um dos produtos mais fortes da casa é a amêndoa coberta de Moncorvo.
A empresa, que marca presença em vários certames gastronómicos nacionais, também promove a doçaria tradicional transmontana lá fora, em países como Espanha e Itália. E uma das novidades acabou por ser lançada oficialmente, em Santarém, na Feira Nacional da Agricultura (Junho de 2012). Trata-se de iguarias confeccionadas à base de castanha, um outro produto com produção «muito forte» na região. Entre os novos doces, Maria Diogo destaca os carriços de castanha, os pastéis de nata de castanha e as broas de castanha com passas. «Achámos que a Feira Nacional da Agricultura era o local certo para promovermos estes novos produtos», argumenta, lembrando que há mais de uma década participam naquele evento nacional.
Aposta na exportação:
A castanha é, pois, nas palavras daquela responsável, outro dos motivos que levou a empresa a «implementar há mais de um ano a aposta neste produto». Uma estratégia que se enquadra no «desafio da exportação e onde nos vamos lançar em breve».
Exportação, numa primeira fase, direcionada para o mercado espanhol, «onde temos marcado presença nos últimos anos a promover os nossos produtos».
França, Alemanha, Itália e Brasil são os mercados que se seguem, «caso a estratégia corra bem», afiança. «Faz todo o sentido apostar na castanha. Trás-os-Montes é o maior produtor e exportador deste produto e só não avançámos antes porque a castanha é um produto difícil de trabalhar na doçaria em termos de sabor, e é preciso muita cautela para que esse sabor não se perca no produto final».
A expansão da empresa que actualmente emprega quatro funcionários na fábrica, passa também pela abertura, em breve, e ainda sem data marcada, de um salão de chá e gourmet, «onde a promoção dos produtos irá ser uma das maiores apostas».
«Tencionamos ter actividades diferentes todos os dias sempre com destaque em particular para um produto específico em cada dia», afirma.
Com uma produção de «milhares de bolos por ano», Maria Diogo considera que «faltam mais projectos como este em Bragança» já que «com um associativismo mais forte é possível ajudar não só a economia local como potenciar a região que vive actualmente o drama do desemprego como no resto do país». «Tencionamos ter actividades diferentes todos os dias sempre com destaque em particular para um produto específico em cada dia», afirma.
«E não há motivo para que assim não seja, temos os melhores produtos do mundo, desde o azeite, aos enchidos, queijos e doces», remata.
Ana Clara
in:cafeportugal.net
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