Segundo um relatório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, aquela autarquia transmontana ocupa o terceiro lugar a nível nacional no que toca ao absentismo dos funcionários.
O documento, relativo ao balanço social de 2011, sobre a caracterização dos recursos humanos dos municípios da região Norte de Portugal, indica que cada um dos 179 funcionários da câmara municipal faltou 36 vezes nesse ano.O presidente da concelhia social-democrata diz que esta situação demonstra o descontrolo funcional na gestão dos recursos humanos.“A gestão dos recursos humanos é praticamente inexistente o que torna a autarquia menos eficiente”, considera Ivo Quintas, acrescentando que “neste momento os funcionários ainda não sabem quais são os seus objectivos para este ano. É normal que isso prejudique o seu desempenho e a sua motivação”.
O presidente da câmara de Freixo diz que os trabalhadores estão a recorrer àquilo que a lei lhes permite, mas salienta que o absentismo até já diminuiu. “Quando os funcionários vão ao médico trazem o documento justificativo e nós não podemos contrariar isso porque é um direito salvaguardado pela lei”, afirma José Santos, salientando que este executivo “já limitou os funcionários quando vão a consultas aqui em Freixo só têm direito ao tempo necessário para ir à consulta enquanto que antigamente eram dispensados o dia todo”.
No mesmo ano, a autarquia gastou 35 mil euros em ajudas de custo e despesas de representação.
Ivo Quintas critica aquilo que considera ser a falta de transparência do município. “Estranhamos que esses dados tenham deixado de ser publicados pois no início do seu primeiro mandato fez questão de publicar esses valores num documento distribuído por toda a população”, lembra. “Mas foi apenas uma vez e deixámos de ter acesso a essa informação. Poderia continuar a ser publicada, se não for em papel no site do município”, acrescenta.J
osé Santos explica que esta informação só deixou de ser publicada no ano passado para poupar dinheiro.“Fomos nós que começámos a divulgar essas despesas no Freixo Aberto. Depois essa informação passou para o boletim municipal que só deixou de existir em 2011 para reduzir aos custos”, realça o autarca.
Ainda assim acredita que a publicação do boletim municipal poderá ser retomada.
Escrito por Brigantia
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