A Póvoa de Além-Sabor, fértil e linda, entrou no coração do nosso rei-poeta-lavrador (D. Dinis), que mandou dar-lhe o nome de Vila Flor e lhe deu um foral em 1286, mandando-a cingir de muralhas, de que apenas se conservam a Porta Sul, ou Arco de D. Dinis, e restos daquelas. Vila Flor teve também o seu pelourinho, de cuja parte medieval apenas resta parte do fuste, sendo os ornamentos já do século XVll; conserva ainda a sua fonte romana, bem interessante, a testar a presença romana naquelas paragens, e o Solar dos Lemos, excelente exemplar de casa nobre.
De, J. Vilhena Barbosa de “As Cidades e Villas de Monarchia Portugueza que têm Brasão d’ Armas (1862): “Não temos encontrado memória da origem desta vila; é certo, porém, que tem bastante antiguidade, pois conta que el-rei D. Dinis lhe reformou o foral antigo e, segundo a tradição dos habitantes, lhe mudou o antigo nome de Póvoa de Além do Sabor no de Vila Flor”.
Vila Flor
Vila Flor não oferece grande notabilidade histórica documentada antes do século XIII, mas há quem avente que a sua fundação remonta ao século XI, após o declínio das invasões mouriscas e ao início da política real de repovoamento do território. Os vestígios arqueológicos de fortificações castrejas são também a prova de povoamento recente.
A sede do concelho foi durante algum tempo conhecida por "Póvoa de Além Sabor". A criação ou fundação desta póvoa revela que o topónimo teria origem no centro populacional de Castela. a que estaria subordinada.
Ficando esta povoação aquém do Sabor. em relação à capital do Condado Portucalense, compreende-se que ela fosse denominada "Póvoa de Além Sabor", além portanto, a Castela. O nome de "Vila Flor" aparece, pela primeira vez, referenciado no foral concedido a 24 de Maio de 1286 pelo Rei D. Dinis.
Segundo a tradição, aquando da sua visita a esta terra por ocasião do encontro com D. Isabel., sua noiva, D. Dinis ficara surpreendido pela beleza da paisagem e colorida pela sua diversidade de flores campestres.
Em 1295, o "Rei Poeta" manda erguer em redor de Vila Flor uma cinta de muralhas com 5 portas em arco como forma de protecção, restando apenas uma -a porta sul ou Arco de D. Dinis, com 3,5 m de largura por 4 m de altura, aliás considerado monumento de interesse público.
No século XV é fundada em Vila Flor a Santa Casa da Misericórdia.
Por tudo isto Vila Flor oferece um conjunto de valores que marcaram profundamente as gerações passadas.
A sua idade média é florescente, recebendo notável impulso com o acolhimento de famílias judaicas fugidas ás perseguições movidas pela Europa fora e que aqui desenvolveram a agricultura, o comércio e as indústrias de curtumes e ourivesaria.
Em 4 de Maio de 1512 o Rei D. Manuel I atribui-lhe novo foral reformando o anterior e, devido à sua política anti-judaica, os judeus foram expulsos, levando consigo artistas engenhosos e o segredo de rendosas artes. Como consequência, a população desceu consideravelmente e as suas habitações caíram em ruínas. Mas, ainda restam as pedras da calçada da Rua Nova, da Rua do Saco e da Portela.
Lenda de Vila Flor
Conta a lenda que D. Dinis, no caminho para a raia de Miranda, ao encontro de sua noiva - Isabel de Aragão, achou o lugar tão belo e florido que, a jeito de trovador, lhe chamou ”FLOR”. Desconhece-se qualquer documento anterior ao século XIII que fale da existência deste povoado, mas há quem avente que a sua fundação remonta ao século XI, após o declínio das invasões mouriscas e ao início da política real de repovoamento do território.
O nome de Vila Flor aparece, pela primeira vez, referenciado no Foral de 24 de Agosto de 1286, outorgado pelo Rei Poeta, que manda erguer em seu redor uma cinta de muralhas com cinco portas em arco, restando actualmente apenas uma - a Porta sul ou Arco de D. Dinis. É então que o nome desta vila passa de Póvoa de Além Sabor para Vila Flor.
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário