Informante: Maria Alzira Teixeira (F), 68 anos
Passou numa ocasião ali [aldeia de Selores] um pobrezinho. Ali onde há um ribeiro que tinha uma ponte. Chegou depois ao adro, onde estava muita gente, e disse assim:
— Ai que lindo pau de moreira que ali está, que dava pra fazer um santo!
E diz que lhe disseram assim:
— Pra fazer um santo?! E quem no faz?
E ele:
— Olhem, põem-me aí num lugar, eu e o pau, fechem a porta e, durante três dias, não ma abram!
Assim fizeram. O pobrezinho nem queria comer nem beber, nem nada. Mas as pessoas tinham curiosidade e iam espreitar pelo buraco da porta. E não viam nada, nem podiam. Passados os três dias, a porta estava aberta e lá dentro estava a imagem do Senhor Divino Ecce Homo. E o pobrezinho tinha desaparecido.
Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais)
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