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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Portugal proclamou a independência de Espanha há 313 anos

No dia 1 de Dezembro de 1640, há 313 anos, um conjunto de nobres entregou o trono de Portugal ao Duque de Bragança D. João, recusando a soberania da Coroa espanhola.
Um conjunto de 40 fidalgos portugueses, que a História denominaria "os conjurados", decidiram encetar uma revolta popular que colocasse fim ao domínio espanhol de Portugal que se registava desde 1580, com a morte do rei D. Sebastião, que não deixou herdeiros directos.
Os conjurados contaram com o apoio de D. João, 8.º duque de Bragança e 14.º Condestável do Reino. O duque era senhor de uma das maiores e mais rica casa nobre, podia financiar a campanha contra a coroa espanhola, e por ser trineto do Rei D. Manuel I, podia assumir a coroa de Portugal independente.
Esta ascensão era, segundo os cronistas, já reconhecida pelo povo, nomeadamente quando em 1633, sete anos antes da revolta, numa ida a Évora para se encontrar com o marquês de Ferreira, foi recebido como soberano pelo povo.
Historiadores há, que apontam que o plano de estudos e educação que o pai, D. Teodósio, lhe traçou, já o preparavam para assumir cargos de maior responsabilidade, além do senhorio ducal.
Em 1639, numa visita a Almada, o duque recebeu as queixas dos nobres portugueses da "tirania de Castela" e os ensejos de restaurar a independência do país.
Nas diferentes reuniões secretas que mantiveram, os conjurados chegaram a projectar a constituição e uma "república aristocrática", na ausência de um herdeiro directo dos Reis de Portugal, ou caso D. João, o segundo duque deste nome, não aceitasse o encargo do Governo.
A revolta eclodiu na capital do reino, com forte adesão popular, e da varanda do Palácio dos Almadas, hoje conhecido como "da Independência", o povo de Lisboa "atirou" à rua Miguel de Vasconcelos, que governava Portugal em nome de Filipe IV de Espanha (III de Portugal).
Os ecos da revolta na capital chegaram a Braga onde os alunos dos Estudos Gerais de Braga saíram à rua em apoio ao Duque de Bragança, futuro D. João IV.
A revolta saiu vitoriosa, mas só em 1668, e após várias batalhas entre tropas portuguesas e espanholas, Lisboa e Madrid assinam o tratado de paz, segundo o qual se reconhece a independência dos dois Estados e respectivas colónias.
O tratado foi assinado em Lisboa entre D. Afonso VI, sucessor de D. João IV que falecera em Novembro de 1656, e Carlos II de Espanha.
Além das tropas espanholas, Portugal teve ainda que enfrentar outras potências europeias, como as Províncias Unidas (actual Holanda), que detinham já posições nos domínios ultramarinos portugueses, nomeadamente no Brasil e na Ásia.
D. João IV inaugurou a 4.ª Dinastia, dita de Bragança, que se manteve até à proclamação da República em 1910.

Lusa/SOL

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