Um grupo de 50 professores partiu esta manhã do distrito de Bragança de autocarro rumo a Lisboa, para participar numa manifestação em frente à Assembleia da República. Em causa está a prova de avaliação obrigatória para docentes contratados com menos de cinco anos de serviço.
Os professores garantem que vão lutar contra esta medida, que dizem que põe em causa as habilitações concedidas pelas instituições de ensino superior. “Eu considero que esta prova é injusta e não revela nada. Põe em causa o trabalho feito pelas universidades, pelos orientadores de estágio, não dignifica o trabalho feito pelos professores. E os professores contratados são pessoas que se sujeitam a muita coisa para poder trabalhar”, afirma Aurora Teófilo.
Também Carla Matos, uma das professoras que terá que realizar a prova, garante que vai lutar contra esta medida. “Eu sou mesmo contra a génese da prova, sou licenciada, tenho um diploma certificado por uma universidade e não concordo com os moldes desta prova. Além disso, não tenho cinco anos de serviço completos, logo sou obrigada a fazer esta prova. Sou professora há sete anos, só que tive horários incompletos, tapei buracos”, constata a docente. Os docentes dispensados da prova também estão solidários com os colegas. “Sou contratada há 10 anos, já não tenho que realizar a prova, mas conheço essa realidade e forçosamente tenho que estar presente para mostrar que não estou de acordo”, diz Aurora Teófilo. “Não é uma prova que vai definir se o professor é ou não competente, tendo em conta o tipo de prova e o tipo de questões. Acho que não vai comprovar nada em relação à competência dos docentes”, afirma Gorete Félix.
Esta manifestação é organizada pela FENPROF. O dirigente do Sindicato dos Professores do Norte, José Domingues, diz que a adesão dos docentes a esta acção de luta demonstra a indignação da classe. “É uma boa resposta de professores contratados. A generalidade destes professores não trabalha, alguns trabalham noutras actividades que não o ensino e muitos deles não vão receber para se poderem deslocar a Lisboa. Estes colegas só vão chegar a Bragança por volta das duas ou três da manhã, são quase 24 horas nesta deslocação a Lisboa para mostrar o descontentamento quanto à realização da prova”, salienta o dirigente sindical.
Estes professores do distrito de Bragança juntam-se a outros de diferentes pontos do País, que vão manifestar-se em frente à Assembleia da República contra a prova de avaliação dos docentes. Os sindicatos ligados à FENPROF mantêm ainda a greve para dia 18, o dia da prova.
Escrito por Brigantia
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