Quebras nas receitas obrigam autarquias a apertar o cinto » Economia e Acção Social passam a ser as prioridades
A quebra de receitas faz reduzir o orçamento da Câmara de Bragança para o próximo ano. Em 2014 a autarquia da capital de distrito vai contar com perto de 34 milhões de euros.
“Em comparação com 2013, o orçamento de 2014 tem uma redução de 15,21%, são mais de seis milhões de euros”, revela o presidente da câmara, explicando que “esta redução teve de ser feita por ter havido uma redução significativa dos fundos comunitários, bem como da receita do Orçamento Geral do Estado que são quase 400 mil euros, acrescida da perda de receita devido à redução da taxa de IMI”.
Hernâni Dias salienta que as prioridades do investimento se centram sobretudo em duas áreas: a social e a económica. “Mesmo com menos recursos conseguiremos fazer um bom trabalho, respondendo às necessidades dos nossos munícipes, contribuindo para a melhoria das habitações de algumas famílias que precisam desse tipo de apoio”, refere. “Queremos também desenvolver a parte económica, muito ligada ao sector primário e turismo para dinamizar o nosso município”, acrescenta.
A falta de fundos comunitários também fez emagrecer o orçamento da Câmara de Vinhais para este ano. Dada a situação económica do país, o dinheiro disponível para este município ronda os 15 milhões de euros.
“Há uma diminuição nas receitas nomeadamente em dois factores: por um lado nas receitas correntes e também uma redução nos fundos comunitários”, refere o presidente, acrescentando que “há que ter em conta que este é o primeiro ano deste mandato e há reequacionar alguns investimentos”.
Centro Nacional de Raças Autóctones
Um dos projectos a concretizar é a construção do Centro Nacional de Raças Autóctones. “Penso que teremos condições para iniciar a obra brevemente através da recuperação de um solar no centro da vila. Será um centro único no país que já tem financiamento garantido, estando em fase de concurso para começar os trabalhos no início da Primavera”, adianta Américo Pereira.
Alfândega da Fé vai terminar o Programa de Apoio à Economia Local até ao final do primeiro trimestre de 2014. A consolidação das contas do município é precisamente uma das prioridades do executivo para o próximo ano, que conta com um orçamento a rondar os nove milhões de euros.
“Temos de terminar o PAEL e do reequilíbrio financeiro que iniciámos este ano e que concluiremos no primeiro trimestre do ano que vem”, refere a presidente, Berta Nunes, acrescentando que “a prioridade é continuar a consolidação orçamental, tentando reduzir as despesas com pessoal e despesas correntes, mas também terminar os projectos deste quadro comunitário e começar a preparar o aproveitamento do próximo”.
Em Torre de Moncorvo a Câmara vai contar com mais de 17 milhões de euros para gastar no próximo ano. Há mais um milhão para gastar do que em 2013.
Ainda assim, o orçamento é inferior à média dos últimos três anos. “As prioridades serão de caracter social devido ao período que estamos a passar. É muito importante assegurar as funções sociais, a educação e a saúde que vão absorver 63,65% das despesas das grandes opções do plano”, refere o presidente da câmara, Nuno Gonçalves.
Mirandela em obras
A conclusão dos edifícios da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (4.588.293,21 €), a Ecoteca (1.049.994,20 €), Museu da Oliveira e do Azeite Mirandela (618.069,41 €), Quartel da GNR de Torre de Dona Chama (520.905,00 €) e a requalificação de algumas estradas do concelho são as empreitadas previstas para 2014 no concelho de Mirandela. Para as funções sociais, incluindo a Educação, Cultura, Desporto entre outras, o orçamento prevê mais de 14 milhões de euros.
No total, a autarquia conta com um orçamento de 34 milhões e 900 mil euros, reduzido em cerca de nove milhões de euros, comparativamente ao ano passado.
in:jornalnordeste.com
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