Na Tabuada Curiosa de João António Garrido (Lisboa, 1747), a páginas 165, onde vem a Conta para se saber quando se deitão e tirão as cartas do Correyo, e o tempo que tardão em ir e tornar a várias partes do Reyno, desde Lisboa, lê-se o seguinte: – “Vinte e hum dias tardam em ir e tornar desde Lisboa a Guimarães, Moncorvo, Braga, Lamego, Castello Branco, Vianna do Minho, Pinhel e Almeida. – Tinta dias tardam em ir e tornar desde Lisboa a Bragança, Chaves, Miranda, Monção e Montalegre.”
A expedição do correio de Lisboa para Trás-os-Montes era feita aos sábados.
Em Mirandela houve estafeta desde 1792.
Em 1815 já o correio de Trás-os-Montes chegava a Lisboa às quartas e sextas-feiras, e partia de Lisboa para Trás-os-Montes nas quartas e sábados. Em sessão de câmara da vila de Mirandela, de 13 de Maio de 1823, resolveu-se pedir a Sua Majestade que houvesse correio para esta vila duas vezes por semana.
No dia 3 de Dezembro de 1876 tomou posse do lugar de distribuidor do correio em Mirandela José Manuel Ribeiro que foi escolhido por ser dos poucos que sabia ler e escrever (informação recolhida nos serões de província). Por ser o primeiro ficou conhecido por Zé Carteiro.
Antes do carteiro os interessados iam à estação postal saber se tinham correspondência.
O telégrafo eléctrico foi introduzido em Portugal com a grande reforma postal de 1852. Oito anos depois, isto é, a 11 de Maio de 1860, inaugurou-se a linha telegráfica de Mirandela a Bragança. Em 1861 começou a construção da linha telegráfica entre Mirandela e Moncorvo; e, concluída esta, o capitão Santana, comandante das linhas telegráficas de Trás-os-Montes, continuaria a montagem até Barca de Alva.
Em 7 de Julho de 1880, sendo ministro das Obras Públicas Saraiva de Carvalho, reorganizaram-se os serviços telégrafo-postais, ficando juntos os correios e os telégrafos.
Fonte principal: Ernesto Salles, capitão-capelão da Arma de Engª, por graça do rei D. Carlos, in “Mirandela – Apontamentos Históricos”, 1978
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