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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

História e Lenda de S. PEDRO DE SARRACENOS - BRAGANÇA

HISTÓRIA

Um documento de 1258 refere-se a "Sancti Petri de Zorozynos", levando-nos a crer que a sua origem como agregado populacional remonta a era mais remota. Nos séculos XVII e XVIII, depois de ter sofrido diversas alterações semânticas era corrente a denominação de São Pedro de Serracinos, hoje S. Pedro dos Sarracenos.
Outrora, segundo os agiotas, pressupõe-se que teria existido outro povoado denominado Chão de Arcas, sítio a cerca de 500 metros a Nascente da aldeia, pelo aparecimento de cacos de telha e vestígios de construções antigas.
Tiveram bens nesta freguesia, os cónegos da Sé de Miranda, a Ordem do Hospital e os Templários; estes cónegos e o Mosteiro de Castro de Avelãs possuiram também diversas propriedades na Povoação de Cabanelas, hoje extinta, e que enquanto aldeia, tinha uma igreja com Santa Eulália por orago, propriedade de D. Francisco Pereira. Perdura ainda, hoje, a Quinta de Cabanelas, embora desabitada.


LENDA

Reza a lenda que S. Cristóvão teria vivido na companhia da mãe de S. Pedro. Como nessa altura os invernos eram rigorosos e a única maneira de resistir ao frio era ter boas fogueiras, de manhã cedo, pôs o enxadão às costas e dirigiu-se à Penência, local onde até há pouco tempo a gente da aldeia ia buscar tojos, estevas e carrascos para cozinhar e aquecimento doméstico.

Aí, S. Cristóvão fez um feixe enorme, proporcional à sua estatura física e à sua força. Por comodismo e vaidade, preferiu, fazendo uso da sua valentia, lançar o enxadão em direcção a sua casa. Tendo calculado mal a distância, o enxadão foi cair sobre o telhado do quarto onde sua mãe ainda dormia, tendo-a atingido mortalmente.
Perante tal crime, S. Cistóvão foi julgado e condenado pelos Tribunais de então ao degredo no rio Jordão, sendo obrigado a passar as pessoas às costas, de uma para a outra margem do rio. Certo dia apareceu-lhe um menino pedindo-lhe que o passasse às costas para o outro lado. S. Cristóvão disse-lhe, com algum desprezo, que, por ser tão pequeno, o levava no dedo mínimo, mas o peso foi de tal ordem que o dedo se desarticulou; (conta a tradição que o dedo mindinho da imagem de S. Cristóvão que acompanha as procissões está partido por essa razão). Teve, então, S. Cristóvão de optar por o transportar ao ombro.
Já no meio do rio, apoiado ao bordão que o acompanhava e perante o cansaço que o acometia, queixou-se, dizendo que parecia que levava o peso do mundo às costas, tentando, ao mesmo tempo, virar o olhar para o menino, senão quando, este, colocando-lhe a mão na frente dos olhos, lhe afirmou: quem mata não pode ver Deus. Comprendeu S. Cristóvão que transportava o MENINO JESUS.
Se fizerem reparo, o Menino Jesus, quando acompanha S. Cristóvão no seu ombro, tem a mão direita aberta como que na intenção de impedir o olhar do Santo. Esta relação da imagem, justifica a tradição e a lenda.

in:terralusa.net

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