A Unidade Local de Saúde do Nordeste concluiu que houve negligência na assistência médica a uma mulher de 69 anos, na urgência do hospital de Mirandela, que viria a falecer uma semana depois.
O inquérito interno da Unidade Local de Saúde do Nordeste apurou que a conduta do médico “comporta grau de censurabilidade revelador de falta de cuidado e diligência”, pode ler-se nas conclusões.
O caso remonta a 7 de Janeiro, quando Maria Elisa entrou no serviço de urgência do hospital de Mirandela com dores no peito e nas costas, mas o médico de serviço viria a dar-lhe alta, após receitar um anti-inflamatório e um paracetamol para as dores.
Algumas horas depois, voltou a sentir dores no peito e com vontade de vomitar, tendo sido transportada ao hospital privado de Mirandela, onde lhe diagnosticaram uma veia coronária entupida que necessitava de intervenção urgente, sendo encaminhada para o hospital de referência nestes casos, a unidade de Vila Real, onde lhe detetaram graves sequelas resultantes do episódio de enfarte não diagnosticado anteriormente. A mulher viria a falecer uma semana depois naquela unidade hospitalar.
Os dez filhos de Elisa avançaram com uma queixa na ULS do Nordeste que agora deu a conhecer as conclusões. No entanto, “dado a inexistência de vínculo laboral entre a ULS do Nordeste e o visado é de todo inexequível deduzir acusação contra o mesmo”, adianta o relatório.
Atendendo à conduta daquele profissional foi já comunicado à Ordem dos Médicos para efeitos de instauração de processo disciplinar e à empresa onde o mesmo médico presta serviço.
A família já recebeu as conclusões, mas entende que está longe de ser feita justiça.
Em comunicado, a ULS do Nordeste confirma que o médico encontra-se a desempenhar funções assistenciais, “por manifesta escassez de recursos humanos na área médica e inerente dificuldade na elaboração da escala do serviço de Urgência”, adianta a nota da administração.
No entanto, atendendo, ao apurado, a ULS do Nordeste pondera “a viabilidade da substituição do referido profissional, aguardando-se para tal as conclusões que venham a ser proferidas, em sede de processo disciplinar, pela Ordem dos Médicos”, conclui o comunicado.
Depois da ULS do Nordeste concluir que houve uma conduta censurável na assistência médica a uma mulher de 69 anos que viria a falecer, a família espera que a Ordem dos Médicos suspenda definitivamente o profissional de saúde. Caso contrário avançam para a justiça.
Informação CIR (Rádio Terra Quente)
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