Mantém-se ainda em algumas aldeias transmontanas a tradição de ofertar, através de representações simbólicas, uma refeição dos defuntos. Exemplo disso é a distribuição do “pão das almas” aos pobres, à porta dos cemitérios no dia de fiéis e defuntos (hoje traduzido numa esmola em dinheiro) como retribuição pelas suas orações em sufrágio pelas almas que penam no Purgatório. Pela mesma razão, existe o chamado “pão do defunto”, oferecido a todos os que acompanharam o enterro, como forma de agradecimento pelas preces de cada um.
Outrora, no dia (1 de novembro), comiam-se castanhas assadas (“bilhós”) nos cemitérios e deixavam-se as que sobravam para refeição das almas durante a noite. E o mesmo faziam as famílias nas suas próprias casas com os magustos desta noite, deixando ficar os “bilhós” sobrantes na lareira para alimento das almas. E no dia seguinte, ninguém os comia, pois acreditava-se que haviam sido lambidos pelos defuntos da casa.
(ap)
alexandre.parafita.escritor
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(Henrique Martins)
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