"O azeite da Vallouto tem um sabor forte com notas ácidas, que para nós era absolutamente crucial para criar estes bombons", disse Celestino Fonseca. "Queríamos preservar a essência dos dois produtos. Isso é que foi extremamente difícil", contou, deixando palavras doces ao irmão, Miguel Tedim, mestre chocolateiro da empresa.
"É um produto recente, que está a ter uma grande aceitação", diz Pedro Sousa Guedes. "Está a resultar muito bem", aduz Celestino Tedim Fonseca.
Vendidos em caixas de nove unidades, a 12,75 euros, os bombons apelam a um público que "procura experiências alimentares" e que encontra nas lojas da Equador opções diversificadas, como chocolate com caril, flor de sal e algas, marmelo ou Vinho do Porto. Este último, "vendido em tabletes de 200 gramas, é um best-seller", diz Celestino Fonseca. É, também, uma lança na exportação, que resultou de uma parceria com a Grahams.
A Equador é "uma empresa portuguesa, do Porto", que "trabalha essencialmente com produtos portugueses". Opção de vida que se reflete nas relações comerciais. Há parcerias, também, com os cafés Torriê e com a Algatur, empresa de algas para culinária, no Algarve.
Nascida da paixão pelo chocolate que emana do casal, Teresa, escultora, e Celestino, "designer" gráfico, a Equador chegou, este ano, pela primeira vez ao milhão de euros de faturação. Tem duas lojas na Baixa do Porto, está presente no "El Corte Inglês", em Vila Nova de Gaia e no Porto, e também no Chiado, em Lisboa. A oficina da magia está situada na zona industrial da Lionesa, em Matosinhos.
A "Quinta do Vallouto" estende-se pelas faldas da Serra de Bornes, em Trás-os-Montes, há décadas na mesma família. O azeite é elaborado por processos mecânicos e extração a frio, sem tratamentos químicos, no dai da apanha do fruto, o que "lhe confere um aroma frutado", com "um toque leve a picante". A azeitona, das variedades "verdeal transmontana", "cobrançosa" e "madural", é apanhada à mão.
Jornal de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário