Rui Fernandes é o novo presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Macedo de Cavaleiros (ACISMC). Um nome que surge após a demissão de António Cunha, e de Pedro Canelha, o número dois da lista, ter também declinado o cargo.
Fica assim descartada a hipótese de eleições antecipadas, com o tesoureiro da lista de António Cunha a subir à presidência para cumprir o ano de mandato restante. O trabalho já começou, e entre as prioridades está a reaproximação dos comerciantes à Associação.
“As ideias são muitas e algumas ainda estão a ser alicerçadas. Passam por congregar com o município, temos toda a abertura por parte do senhor Presidente da Câmara e também do executivo para depois podermos colaborar e trabalhar em conjunto. Reabilitar o cinema é uma das nossas prioridades e vamos tentar tudo para que seja possível, vamos encetar também uma série de reuniões setoriais para nos apercebermos dos problemas do comércio e da industria macedense e estamos também a pensar na exteriorização do comércio para tentar vender a nossa massa produtiva para o estrangeiro e pôr os nossos associados a ganhar alguma coisa com isso. Existe uma série de iniciativas e de mudanças na forma de gerir a casa, cada presidente coloca as suas ideias mediante aquilo que melhor sabe fazer, e o nosso intuito é diferente, queremos por o comércio a “mexer” melhor”.”
A situação financeira da Associação, admite Rui Fernandes, não é a melhor neste momento, até devido à conjuntura económica atual do país. Mas acredita que é possível reverter essa situação.
“Já submetemos, nestes poucos dias de trabalho, candidaturas para o já referido 2020, existia também da direção anterior uma candidatura aprovada. No âmbito da formação já desencadeamos muitos contatos para ver com quem poderemos trabalhar até à reacreditação da casa que é o nosso alvo para dirigir os destinos nesse sentido. A formação vai ser uma grande bandeira que queremos levar para a frente, mas existe outro conjunto de ações que podemos levar a cabo. Temos de nos lembrar que, esta casa, com um número de sócios tão elevado, muitos associados não pagavam quotas há muito tempo e vamos tentar falar com essas pessoas, trazê-las a casa e mostrar-lhes a mais-valia que é ter uma associação comercial de portas abertas para os poder receber e para poder ouvir os seus problemas, poder representá-los, de modo a que possam considerar que esse dinheiro não é mal gasto.”
Para o ano, há outra certeza. Depois de onze anos, a Festa Transmontana do Emigrante chegou ao fim.
“A Feira de São Pedro teve uma alteração significativa no ano transato. Neste momento a colaboração que existe com a Câmara Municipal é muito mais estreita, existem melhorias em relação à última edição desta feira que pretendemos implementar, mas como temos uma comissão que decide estas melhorias, elas ainda não estão efetivadas e vão-se trabalhar até ao realizar do certame.
Quanto à Festa do Emigrante, devido ao facto de ser realizada em dias de semana para não colidir com as festas das aldeias e por também existirem muitos eventos que o município já leva a cabo nas mesmas datas, vai deixar de existir.”
Rui Fernandes assume agora o lugar, por pelo menos um ano, até ao término do mantado da anterior direção. Deixa a promessa de muito trabalho, iniciativas de valor para o comércio, como, por exemplo ações de animação de rua e a dinamização das infraestruturas da ACISM, como os auditório e as oficinas, a fim de reinvestir na formação.
António Cunha não compareceu à assembleia de sócios, que decorreu ontem à noite, depois de ter deixado o cargo de presidente que ocupava há 11 anos no passado dia 9 deste mês, alegando motivos pessoais. Pedro Canelha, vice-presidente, também acabou por recusar a posição.
Carlos Azevedo é agora o vice-presidente e Cláudio Santos passa a ser tesoureiro. Ficam a faltam dois nomes para completar a direção, que ainda estão a ser escolhidos.
Escrito por ONDA LIVRE
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