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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Artes, ofícios e sabores são oportunidade de negócio em Vimioso

No concelho de Vimioso, as artes, ofícios e sabores procuram seguidores e assumem-se como uma oportunidade de emprego.
Um dos artigos que marca a diferença no artesanato do concelho é o “escrinho”. Um cesto feito a partir de caules de silvas e de palha. 
A localidade de Vilar Seco é uma das que tem uma maior tradição na arte dos escrinhos. Foi lá que Rosa Delgado, de 60 anos, aprendeu a fazer estes objectos através de um curso de formação. Agora já trouxe os seus escrinhos para a feira de Artes, Ofícios e Sabores que decorreu este fim-de-semana em Vimioso mas admite que é uma arte difícil e pouco rentável. "Dá muito trabalho porque é preciso trabalhar muito nas silvas e depois na palha no Verão, porque a silva é preciso cortá-la, tendo em conta a fase da lua porque ela toma bicho ,como lhe chamam 'caruncho' e a palha é ceifada no verão. A silva é cortada e depois faz-se em quatro, tem de se lhe tirar o pico e depois é aberta em quatro para tirar a miola, porque tem uma miola por dentro para ficar mais maneável. Depois fazem-se os novelos para cozer e fazem-se os cestos com palha centeia ", conta a artesã. 
Mas se esta arte parece começar a ter alguns seguidores, o ofício de caldeireiro não tem, para já a mesma sorte. 
Delmiro Gonçalves, de 80 anos, é o único artesão a trabalhar o cobre, que se conhece no concelho de Vimioso e o artesão acredita que será mesmo um dos poucos caldeireiros de Trás-os-Montes." Praticamente, sou só eu a fabricar aqui no nordeste. Já se sabe que não é fácil dar-se seguimento a isso", acrescenta o caldeireiro. Já na gastronomia, encontram-se alguns seguidores dos sabores de Vimioso. 
É o caso de Fernanda Pinto, de 41 anos, natural do Porto que viu nos produtos regionais, especialmente nas compotas, uma oportunidade de negócio. " Quando casei e vim para cá, vi que havia muito desperdício de fruta e achei que era muito mau haver tanta coisa a desperdiçar e era uma oportunidade de eu poder trabalhar também e tem sido. Tem-se vendido bem lá para o Litoral. Fui fazer uma formação de chocolates , como não tinha conhecimento sequer sobre chocolates e depois a seguir fiz a formação também de compotas e licores , azeites aromatizados , frutos secos, biscoitos e um bocadinho de tudo ", disse Fernanda Pinto. 
Pela 16ª vez, o Município de Vimioso divulgou as artes, ofícios e sabores num certame que se estima que tenha contado com a presença de mais de 15 mil pessoas. 

Escrito por: Brigantia

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