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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Torre de Dona Chama mantém tradições da "saída da ciganada" e "queima do castelo"

Nesta quadra natalícia, as tradições associadas aos rituais de Inverno repetem-se em várias localidades do nordeste transmontano. Depois do Natal, em muitos locais festeja-se o Santo Estevão. Na vila de Torre de Dona Chama, no concelho de Mirandela, resiste uma festa com características únicas. A “saída da ciganada” e a “saída das madames” começam as festividades do dia 26 de Dezembro.
Antigamente, os habitantes da vila disfarçavam-se de ciganos para roubar os burros, durante a noite. Agora já não há burros, mas os mordomos da festa continuam a representar esta tradição. 
Ana Gonçalves recorda os tempos em que arranjava formas de evitar que lhe roubassem o burro. “Uma vez prendi o burro à perna do meu garoto para que não mo roubassem. E depois levei-o para dentro de casa. Era uma brincadeira. Bem mo queriam roubar mas não conseguiram”, conta a habitante de Torre de Dona Chama, de 87 anos. Se uns se disfarçavam de ciganos, outros disfarçavam-se de “madames”, ou seja, senhoras da alta sociedade. 
Depois da missa, ao inicio da tarde, há ainda a representação da saída da “mourisca” e a queima do castelo. Antes destas tradições, na noite do dia de Natal recriam-se ainda os “ Jogos à praça”, onde os jovens gritam através de um “embude”, ou seja um funil grande, de ferro, dirigindo-se a cada porta da vila para criticar os respectivos moradores,. 
Antigamente, faziam parte destas festividades os caretos mas agora já quase não se vêem. Tradições que representam a luta entre cristãos e mouros, que terão estado na origem da própria vila. Algumas foram perdendo as características originais, que os habitantes da vila querem preservar. 

Para ajudar a preservar estas características foi criada, no passado mês de Setembro, a associação “Dona Flamula”, que com o apoio da Junta de Freguesia, pretende que contribuir para que as festividades de inverno de Torre de Dona Chama sejam cada vez mais fieis à tradição. O presidente da “Dona Flamula” , António Reimão, explica que o objectivo é “colaborar com a comissão de festas para organizar melhor as festividades”. Para começar a organizar e divulgar melhor as festividades de inverno de Torre Dona Chama, este ano, as festas foram agrupadas na “Semana do Careto”. 
Além das tradições representadas no dia de Natal e no dia 26, uma semana antes, tiveram lugar as jornadas intituladas “Rituais de Inverno” e durante toda a semana esteve patente, no centro da vila, uma exposição com o mesmo tema, que contribuíram para uma melhor compreensão do significado destas festas. 

Escrito por Brigantia

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