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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Descendentes dos Beças de Outeiro - Todos os Beças, adiante referidos, pertencem à mesma família, residente em Bragança, e são primos, irmãos ou sobrinhos uns dos outros.

inauguração da Linha do Tua
na Estação de Bragança,
em 1 de Dezembro de 1906,
assinala a conclusão da linha.
Humberto Beça

Nasceu em Bragança (freguesia de Santa Maria) a 10 de Setembro de 1878 e faleceu no Porto a 27 de Julho de 1924; filho de Carlos Augusto Salgueiro e de D. Ernestina Adelaide Ferro de Madureira Beça; neto paterno de Pedro dos Santos Salgueiro e materno de António Ferro de Beça. Fez os estudos liceais em Aveiro e no liceu Rodrigues de Freitas, do Porto, concluindo-os em 1893. De 1896 a 1899 frequentou o Instituto Industrial e Comercial do Porto e depois a Escola do Exército, no curso da administração militar. Assentou praça em 2 de Agosto de 1895; sendo promovido a aspirante a oficial em 4 de Novembro de 1900, por haver terminado o respectivo curso. Por motivo de incapacidade física, resultante de desastre em serviço, foi afastado da actividade em Maio de 1902.
Casou a 11 de Abril de 1904 com D.Maria José Gomes de Brito e Beça.
Entrou pouco depois no jornalismo como redactor do Jornal da Murtosa, e, terminado este, teve a direcção de O Murtosa, semanário ilustrado que apenas durou seis meses, seguindo-se-lhe O Povo da Murtosa, de que também teve a direcção, juntamente com o dr. Carlos Alberto Barbosa, colaborando ao mesmo tempo em O Século e no Campeão das Províncias, de Aveiro.
Colaborou depois em O Cunha, almanaque que se publicou no Porto; na Gazeta das Aldeias; na Foto-Revista; Diário de Notícias, de Lisboa; O Norte, do Porto; Gazeta de Bragança; Pátria Nova, de Bragança; Democrata, de Aveiro; A Capital, de Lisboa; A Imprensa Portuguesa, idem; O Primeiro de Janeiro, do Porto; O Norte, 2.ª série, idem; A Montanha, idem; O Correio da Feira; Correio do Minho, etc.
De Novembro de 1910 a 1912 foi director da revista técnica O Guarda-Livros. Foi guarda-livros no Porto, e em 1912 teve a direcção da Escola Secundária de Comércio, da qual foi fundador. Por decreto de 26 de Outubro de 1920 foi nomeado professor do Instituto Comercial do Porto.
Escreveu:
A Tomada de Chaves – A propósito do primeiro centenário da Guerra Peninsular. Poemeto de 8 págs., papel couché. Tip. Beleza. Porto, 1909.
Justiça de Castela, sobre a morte de Ferrer. 1909. Tip. Peninsular, Porto.
Poemeto de 12 págs.
Sonhos de Alma (versos). Tip. Universal. Porto, 1910. 60 págs. (ilustradas).
Capa também ilustrada. Tiraram-se cem exemplares em papel couché.
A Bandeira Portuguesa – Polémica em verso com a poetisa D. Luthgarda de Caires. Porto, 1911. Tip. Universal. Capa ilustrada. Tiraram-se cinquenta exemplares em papel couché e vinte e cinco em papel cromo. 160 págs.
Azulejos (versos). Porto, Tip. da Escola Raul Dória, 1912. Texto e capa ilustrados. 110 págs. Tiraram-se trinta e seis exemplares em papel couché e catorze em papel cromo.
Excertos da juventude (versos). 128 págs., ilustradas e capa ornamentada.
1917. Porto, Tip. Costa Carregal. Tiraram-se quinze exemplares em papel cromo. É dedicado a sua esposa.
Sob a Metralha – Episódios da Grande Guerra. 1919. Tip.Minerva, Famalicão.
192 págs., com o retrato do autor. Capa ilustrada. Todas estas obras são em oitavo, sendo as quatro primeiras oblongas.
Noções de Comércio (1 vol.). Porto, Tip. Empresa Guedes, 1913. «Colecção de Ensino Comercial». 8.° gr. 120 págs.
Prática de Escrituração Comercial (1 vol.). Porto, Tip. Artes e Letras, 1913. 32 págs. Idem. Teve 2.ª edição em 1921.
Noções de Aritmética. Porto, 1914. Sem indicação de tipografia. 160 págs. Idem. 8.° gr.
Noções de Comércio (II vol.). Porto, Tip. Artes e Letras, 1917. 215 págs.
Idem. 8.° gr.
Prática de Escrituração Comercial (II vol.). Porto, Tip. Artes e Letras, 1917. 8.° gr. 32 págs.
O Ensino Comercial em Portugal. Porto, 1918, Tip. Artes e Letras, 52 págs. 8.º gr.
Correspondência Comercial. «Colecção de Ensino Comercial». Porto, 1921. Tip. Artes e Letras, 144 págs. 8.° gr.
Castelos de Portugal – Os Castelos das Beiras. Tese apresentada ao Congresso das Beiras em Viseu. Porto, 1921, Tip. Artes e Letras. Ilustrado; desenhos e fotografias do autor. 64 págs.


Troço da Linha do Tua junto a Bragança,
nos primeiros anos da República Portuguesa.
José António Ferro de Madureira Beça

Engenheiro e deputado pelo círculo de Bragança, nas legislaturas de 1900 e 1901. Nasceu em Vinhais a 10 de Março de 1859 e faleceu em Lisboa a 26 de Dezembro de 1902, às 4 horas da manhã, vitimado por um aneurisma; filho de José António Ferro de Madureira Beça e de D.Maria Augusta Ferro de Madureira Beça.
Concluindo o curso matemático em Coimbra com distinção, que lhe valeu ser classificado para a arma de engenharia, foi completar o curso na Escola do Exército. Pouco depois de concluído o curso de engenharia civil, entrou para o serviço da Companhia Nacional dos Caminhos-de-Ferro, onde serviu desde 1884 a 1886, tendo exercido o cargo de chefe da repartição técnica da direcção em Lisboa e o de subdirector da construção da linha de Foz Tua a Mirandela, com residência nesta vila.
Fez também os reconhecimentos da linha de Mirandela a Bragança, na direcção de Alcaniças, e de Arganil à Covilhã, de colaboração com outros engenheiros, e elaborou o projecto dos esgotos de Coimbra, trabalho que obteve o primeiro prémio no concurso aberto para aquele fim. Em 1886 entrou para o cargo de engenheiro de obras públicas, passando depois a fazer serviço na Direcção-Geral de Estatística, onde lhe foi cometida a secção do censo da população, lugar em que se encontrava à data do seu falecimento.
O último censo da população, realizado em 1900, foi organizado sob a sua direcção.
Ao engenheiro José Beça se devem os maiores esforços para a construção da linha férrea de Mirandela a Bragança.
Corre dele impresso: Orçamento do Ministério das Obras Públicas – Discurso proferido na Câmara dos Senhores Deputados em sessão de 22 de Março de 1902 – Caminho-de-Ferro de Bragança – Considerações feitas na sessão de 24 de Abril de 1902 e parecer sobre a proposta do governo relativa aos caminhos-de-ferro transmontanos. Lisboa, 1902, Imprensa Nacional. 8.° de 21 págs.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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