Apostar na transformação da castanha para produtos derivados pode ser uma mais-valia económica para os produtores e um motor de riqueza do país.
Essa foi a posição defendida pelo Grão-mestre da Confraria Ibérica da Castanha, Paulo Hermenegildo, nas XIX Jornadas Culturais de Balsamão, onde desafiou os empresários a investir no 2º Mercado de Transformação da Castanha.
“É importante desafiar os nossos empresários porque o chamado segundo mercado que é o da transformação da castanha Portugal não tem qualquer representatividade. Há pequenos focos de produções, nomeadamente de compotas e está na altura de aproveitar o “ouro” que é a castanha e transforma-lo dentro do nosso país.
Com isto vamos aumentar a mais-valia económica da própria castanha, também em termos de exportação. O segundo o mercado que é o da transformação tem que avançar o mais rapidamente possível em Portugal.”
Rafael Cepeda, Engenheiro Agrónomo e Zootécnico, é da mesma opinião, realçando a importância económica da castanha para a região.
“A castanha é um dos produtos fundamentais para a economia de Macedo, ou seja, estamos a falar de uma cultura que basicamente é a única das regiões onde ela consegue vegetar. Uma cultura agrícola que gera rendimento para as populações rurais seria muito bom pois poderia trazer ou associar a agro industria a esta zona. Temos que conseguir entrar em novos mercados que são praticamente dominados pelos italianos. A nossa castanha, principalmente a longal, tem uma aptidão industrial que poucas têm a nível mundial.”
O engenheiro aponta ainda a necessidade de se produzir mais castanha em Portugal para exportação no mercado europeu, que, a longo prazo, está em perigo de vir a ser dominado pela China.
“A castanha chinesa pode passar a ser um problema se nós não conseguirmos disponibilizar as quantidades de castanha para o mercado europeu que neste caso é o mercado que a paga melhor e que, até à data, rege todo o mercado mundial. A China produz 2,2 milhões de tonelada de castanha, representa quase 90 % da produção mundial, Portugal é o segundo maior produtor europeu e estamos, neste momento, com cerca de 40 mil toneladas, representamos certa de 1,3 % da produção mundial de castanha.”
Portugal é atualmente dos maiores produtores de castanha na Europa, e pede-se agora um maior investimento no mercado de 2ª transformação.
Escrito por ONDA LIVRE
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