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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Quase 70% dos inquiridos em estudo sobre envelhecimento não tem poupanças para a reforma

Quase 70% dos inquiridos num estudo do Observatório da Natalidade e do Envelhecimento em Portugal disseram não ter qualquer tipo de poupança para a reforma.
O estudo envolveu 1.335 pessoas com 35 ou mais anos residentes em Lisboa, Porto, Aveiro, Santarém, Castelo Branco, Bragança, Beja, Setúbal e Portimão, abrangendo as cinco NUTS II de Portugal continental.

Segundo os resultados preliminares do estudo, 68% dos inquiridos disseram não ter qualquer poupança para a reforma, um dado que surpreendeu o coordenador do projeto e professor no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), Telmo Vieira.

Já quando questionados sobre se "possui atualmente algum tipo de poupança", mais de metade (54%) das pessoas com mais de 65 anos disseram que não, número que baixa para os 48% nos inquiridos com menos de 65 anos.

Para Telmo Vieira, a percentagem de pessoas que não têm poupanças para a reforma, "aliada às alterações da pirâmide demográfica, é preocupante no que toca às questões relacionadas com a sustentabilidade do sistema de providência social em Portugal".

O responsável aponta outro "dado relevante" do estudo, segundo o qual 7% dos entrevistados reformados não podem comprar os medicamentos prescritos, um número que na sua opinião poderá ser superior, "pois poderá ter havido pessoas que por uma questão de desconforto" podem não ter dado a resposta correta.

Há ainda 9% que disseram não tomar todos os medicamentos prescritos. Já 48% dos respondentes com mais de 65 anos referiram tomar quatro ou mais medicamentos diferentes por dia.

A idade de reforma passou este ano para os 66 anos e três meses, no entanto, segundo o estudo, 32% disserem que gostariam de se reformar aos 63 anos.

"Existe aqui um 'gap' de expectativas que o país terá que acomodar com soluções que permitam até mais tarde a continuidade da participação dos cidadãos mais seniores no mundo do trabalho", sublinha Telmo Vieira.

A investigação, da responsabilidade da PremiValor Consulting, indica ainda que 45% dos entrevistados pretendem continuar a trabalhar a tempo parcial, após a reforma.

Do total dos inquiridos reformados (550), 26% referiram exercer ou ter exercido alguma atividade remunerada após a reforma, refere o estudo, cuja coordenação científica na área do envelhecimento está a cargo de Manuel Carrageta, presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia e da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

À pergunta "presta algum tipo de apoio a pais, filhos, netos, outros familiares ou outros", 59% disseram que não, enquanto 23% dos inquiridos com mais de 65 anos referiram prestar apoio no cuidado dos netos.

Entre os inquiridos reformados, 44% disseram que nunca participam em atividades culturais, 27% disseram que nunca viajam e 51% contaram que fazem passeios ao ar livre diariamente.

Outro resultado do estudo aponta que cerca de 53% dos inquiridos estão "muito preocupados com o envelhecimento da população", e outros 53% estão preocupados com o seu próprio envelhecimento.

Para o estudo, que decorreu em 2015 e cuja base de dados continua a ser trabalhada, foram considerados válidos 1.335 questionários, a que corresponde um erro máximo de 2,68%, tendo por base um intervalo de confiança de 95%.

HN//GC
Lusa/fim

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