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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 1 de julho de 2017

O programa que com a Ciência "Integra" estudantes dos PALOP

Os angolanos Laurindo e Aldaire estão a estudar no Politécnico de Bragança e já tem planos de negócios para quando regressarem ao país de origem graças à experiência de um programa destinado a integrar os alunos dos PALOP.
Ambos participaram nos últimos meses nas atividades do "Integra", um programa do Centro de Ciência Viva de Bragança, em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) que lhes permitiu "aprender uma série de coisas que só pela escola" não seria possível, como disseram à agência Lusa.

A iniciativa é de âmbito nacional com o propósito de ajudar a integrar, através da Ciência, quem chega de fora nas comunidades locais. Em Bragança, o Centro de Ciência Viva decidiu destiná-lo aos 417 estudantes do IPB oriundos dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) com o projeto, de duração de dois anos, "Rotas Científicas para uma Integração Intercultural", explicou à Lusa a responsável, Ivone Fachada.

Desde novembro, um grupo de 25 jovens estudantes tem marcado presença assídua nas diferentes ações que se dividem por três diferentes "ilhas" de conhecimento: empreendedorismo, ciência e tecnologia e multiculturalidade.

No empreendedorismo, como indicou Ivone Fachada, os jovens aprenderam a criar um micro negócio e experimentaram o contacto com o público comprador na iniciativa municipal "Banca na Praça", em que venderam produtos alimentares.

Na vertente da ciência e tecnologia fizeram passeios de geologia urbana, 'workshops' de fotografia, de fitofarmacologia com algumas plantas podem utilizar nos seus países para desenvolver produtos medicinais.

A vertente da multiculturalidade permitiu aos jovens partilharem no edifício sede do Centro de Ciência Viva "pequenos laivos da sua cultura, desde a música à gastronomia".

Laurindo Ladeira tem 25 anos e chegou a Bragança, vindo de Angola há mais de dois anos para estudar no IPB.

Soube do programa "Integra" a partir da Associação de Estudantes Africanos, de que foi vice-presidente.

"Entrei aqui não sabendo muito coisa e saio daqui sabendo muito mais por causa da variedade de assuntos que foram cá tratados", resumiu à Lusa esta experiência com a Ciência.

Laurindo destaca a vertente do empreendedorismo convicto de que depois do que aprendeu já se pode "aventurar a ganhar dinheiro, fazer novos negócios".

"Antes de vir para Bragança já tinha começado a produzir sabão caseiro, em Angola, e penso que, com a formação que recebi, vai dar para criar mais alguma coisa, ou seja ir mais a fundo nisso", concretizou.

Tanto na instituição de ensino superior que frequenta como nas ações do programa "Integra", o jovem afirma ter-se sentido "em casa".

"Tenho dito que, desde que cheguei cá a Bragança, tenho-me sentido em casa e este projeto, para mim, serviu exatamente para isso: senti-me a fazer coisas como se estivesse na minha casa. Em momento algum senti que estivesse fora de Angola", garantiu.

Aldaire de Almeida, de 23 anos, fez o mesmo percurso de Angola para Bragança, onde está também há mais de dois anos, e nos últimos meses participou em "90%" das atividades do "Integra".

"Foi uma experiencia maravilhosa interagir com os colegas e com os formadores, com conceitos técnicos que levo e que desconhecia", partilhou com a Lusa, realçando "a experiência prática de formular um negócio".

Aldaire acredita que vai ser "muito útil" porque tem "ideias de negócio e há muita coisa" que aprendeu que "valerá muito no futuro".

"É essencial esta atenção das entidades pelo facto de que permite aos estudantes "aconchegar" mais aos hábitos, à Cultura de Bragança, e aprender uma série de coisas que só pela escola não poderíamos aprender", enfatizou.

Também para os professores do politécnico de Bragança este projeto é uma aprendizagem e oportunidade de aproximação aos jovens estudantes, como disse à Lusa o docente Vitor Gonçalves.

"Estes alunos focam-se em comunidades muito específicas e nem sempre é fácil entrar nos grupos deles e isto é uma forma de eles entrarem no nosso grupo, de se integrarem na comunidade", considerou.

Agência Lusa

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