No sector apícola já começaram as crestas, e as quebras na produção, em Macedo de Cavaleiros, rondam os 80%.
O clima incerto e sem noites de orvalho, explica Francisco Rogão, empresário apícola e grão-mestre da Confraria do Mel, sediada no concelho, ditaram pesadas perdas, para já, no mel de rosmaninho.
“As quebras são na ordem dos 80%. O mel de rosmaninho já começou a ser crestado e agora as abelhas estão em transumância na montanha. Foi o tempo incerto e a primavera este ano veio sempre com vento, só tivemos duas noites com orvalho e quando de manhã não há humidade as abelhas não podem sugar néctar porque as plantas estão secas”, explicou.
As crestas do mel de montanha, de castanheiro e carvalho, iniciam-se a meados de agosto. Essa produção pode equilibrar as contas, mas não chega para cobrir os prejuízos. E as abelhas podem mesmo vir a precisar de alimentação artificial para sobreviver ao inverno. “Temos colmeias que não estão em transumância e que daqui até Setembro vão gastar reservas e temos de as alimentar porque a partir de agora na terra quente transmontana fica tudo seco e não há nenhum lugar onde elas possam pastar”, sublinhou.
O mel no concelho de Macedo de Cavaleiros que este ano se estima que tenha quebras na produção na ordem dos 80%.
Escrito por Onda Livre // Foto: CM Macedo de Cavaleiros
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