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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Ponte do Loreto

Pela provisão régia de 29 de Novembro de 1814 foi «estabelecida a imposição de um real em cada arratel de carne e em cada quartilho de vinho atabernado [que se vendesse] na cidade e seu termo por tempo de dous annos» para construção da ponte do Loreto «sobre o rio fervença que corre junto aos muros da mesma cidade, a qual fôra levada no anno de mil oito centos e quatro por hua grande tempestade acontecida naquelle rio».
Em 1816 foi prorrogada a cobrança do mesmo imposto por mais dois anos e por mais outros dois em 1819.
Passa nesta ponte a primeira canalização de água que veio do termo para Bragança, sendo a 19 de Novembro de 1879 que teve lugar a inauguração solene da conclusão dos trabalhos e da utilização da água pelo público. Foi director das obras o engenheiro francês Henrique Pollét.
Como esta água não chegava, fez-se outra mais importante canalização de águas captadas no termo da aldeia de Sabariz, distante seis quilómetros.
Foi também o engenheiro francês Lucien Guerche quem dirigiu as obras, que se iniciaram em Agosto de 1926 e concluíram em Março de 1928 com a chegada da água e sua distribuição pelas casas dos cidadãos. Este mesmo engenheiro dirigira anos antes as obras da iluminação da cidade a luz eléctrica, inaugurada a 22 de Dezembro de 1921. As águas de Sabariz são distribuídas pelas casas dos particulares mediante certa quantia paga por metro cúbico de água e as da primeira canalização em 1879 são gratuitas, facultadas ao público em doze marcos fontenários colocados nas ruas públicas. Estas vieram da vertente poente do cabeço de S. Bartolomeu, sítio chamado Vale Chorido, e do Loreto ou Beatas, sítio contíguo à cidade.
Era esta água das Beatas ou do Loreto que séculos antes os jesuítas projectaram trazer para a cidade.
Não foi sem protesto do partido político contrário que alguns destes melhoramentos se fizeram. O facciosismo e a acanhada noção que os caciques eleiçoeiros tinham do próprio prestígio, levava-os a guerrear os contrários sempre que davam um passo em favor da terra, não fossem avantajar-se-lhes ante as urnas eleitorais, em vez de congregarem esforços para o bem-comum ou emolarem-se para mais e melhor conseguirem. Desgraçada gente!... Desgraçada concepção política!! E ainda não acabou de todo a semente de tão daninhos escalrachos.
Entre estes protestos é célebre o resultante do comício celebrado a 16 de Junho de 1882, no largo de S. Bento, contra as obras projectadas pela Câmara Municipal de Bragança e a vandálica destruição dos materiais para a praça-mercado na cerca do extinto convento de Santa Clara, onde agora estão as escolas primárias e o hospital da Misericórdia, realizada pelo poviléu por esse tempo.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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