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| O aspeto dos cuscos após a última secagem Foto: Lucília Loureiro |
Esta foi uma das seis mulheres que confecionavam regularmente os cuscos encontradas por Patrícia Cordeiro no périplo feito pelo concelho de Bragança, em 2015. “Muitas outras recordavam-se perfeitamente de como se faz, era uma tradição sedimentada na região”, conta a socióloga, responsável pela condução da investigação e da posterior proposta, feita pelo município brigantino, de inscrição do processo de confeção de cuscos no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Um projeto implementado pela Direção-geral do Património Cultural (DGPC), por força do cumprimento da convenção da Unesco para a salvaguarda do património imaterial. “O bom do inventário é ter criado este momento de investigação e de trabalho de campo, que já proporciona uma dinâmica de preservação e de memória”, acredita Patrícia. Julga-se que a presença dos cuscos em Portugal, prato nacional da Argélia e de Marrocos, de origem berbere, remonta aos tempos da conquista árabe do continente europeu, mas também há quem avance com a hipótese de terem sido introduzidos pelos judeus sefarditas. Já no primeiro livro de receitas impresso em Portugal, A Arte de Cozinha, escrito por Domingos Rodrigues em 1680, aparece uma de cuscús, muito semelhante à praticada na atualidade.
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| D. Guilhermina, uma das mulheres que ainda confeciona regularmente cuscos, e a socióloga Patrícia Cordeiro Foto: Lucília Monteiro |
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| Pargo e cuscos de Vinhais com lingueirão, o prato preparado pelo chefe de cozinha Óscar Gonçalves no restaurante G, na Pousada de Bragança |
Joana Loureiro
Visão Sete



Gostava de ter a receita deste pargo e cuscos de Vinhais com lingueirão. Obrigado
ResponderEliminarCumprimentos
Fernando Encarnação